Dados do Trabalho

Título

Alteração morfológicas do forame intervertebral e lordose segmentar com a utilização de espaçadores intersomáticos anteriores

Objetivo

O objetivo do estudo foi avaliar e comparar as alterações da lordose segmentar dos segmentos L4-L5-S1 e a altura dos seus forames intervertebrais após a introdução de espaçadores intersomáticos anteriores com diferentes altura, largura e angulação.

Metodologia

Foram utilizados segmentos da coluna lombar (L4-L5-S1) de dois cadáveres adultos, cujos segmentos selecionados para o estudo não apresentavam alterações macroscópicas e radiográficas de doença ou realização de procedimento cirúrgico. Utilizados espaçadores desenvolvidos para a artrodese intersomática anterior da coluna lombar. Os espaçadores eram do modelo SAGA ( Vincula ®) com diferentes alturas (17, 18, 20 e 24 mm), largura (20, 25 e 30mm), e angulação (30 e 40 graus).
O modelo experimental simulava a realização da artrodese intersomática anterior nos espaços discais L4-L5 e L5-S1 com a colocação dos espaçadores de diferentes dimensões (altura, largura e angulação) e mensuração das dimensões da lordose do segmento lombar e altura do forame intervertebral. Os valores da lordose lombar segmentar e altura do forame intervertebral antes da colocação dos espaçadores foram considerados como o grupo controle.
A altura do forâmen intervertebral foi determinada pela sua mensuração direta no sentido craniocaudal (fig.1). Foram realizadas radiografias em perfil da coluna lombar para avaliar a lordose do segmento vertebral. A angulação das placas vertebrais dos segmentos L4-L5-S1 eram mensuradas nas radiografias em perfil antes e após a colocação dos espaçadores de diferentes dimensões (fig.2).

Resultados

Foi observada diferença estatística (ANOVA-Tukey -p<0,05) entre todas as modalidades do espaçador com 18, 20 e 24mm de altura em relação a lordose segmentar do grupo controle. A lordose segmentar após a colocação dos espaçadores de 17mm não apresentou diferença estatística em relação aos valores do grupo controle. Foi observado correlação entre a altura (17,18,20 ou 24 mm) e a angulação (30 e 40 graus) do espaçador com a lordose segmentar. (Spearman – r = 0,9506 e 0,8157 – p< 0,05). Não foi observado correlação entre a largura do espaçador utilizado no estudo e a lordose segmentar (fig.3).
Os valores da altura do forame apresentaram a tendência de simetria no mesmo segmento vertebral específico e tendência de aumento com o aumento da altura e angulação do espaçador. Foi observado correlação entre a altura do espaçador intersomático (17, 18,20 e 24 mm) e angulação (30 ou 40 graus) com a altura do forame intervertebral (Spearman – r=0,9722/0,8680- p<0,05). Não foi observado correlação entre a largura do espaçador intersomático e a altura do forame intervertebral (fig.4).

Conclusões

A colocação dos espaçadores intersomáticos anterior em cadáveres nos segmentos de L4L5 e L5S1 apresentou um aumentou da altura do forame intervertebral e da lordose segmentar, com significância estatística, com correlação entre o aumento da altura e angulação do espaçador com o aumento da altura do forame e da lordose segmentar.

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