18° Congresso da Sociedade Brasileira de Coluna

Dados do Trabalho


Título

ESTUDO DO DIÂMETRO DO CORREDOR OBLIQUO EM DECÚBITO LATERAL E DECÚBITO DORSAL: ESTUDO RADIOLÓGICO.

Objetivo

O objetivo do trabalho foi avaliar a medida do corredor obliquo no segmento L3L4 e L4L5 nos decúbitos lateral e dorsal

Metodologia

Estudo de centro único, não-randomizado, comparativo, observacional.

Inclusão e Exclusão
Foram incluídos apenas pacientes com indicação prévia de realização de ressonância magnética da coluna lombar para investigação de dores na coluna lombar.
Destes, foram excluídos pacientes com histórico prévio de cirurgia da coluna, pacientes com variações anatômicas, patologias ou deformidades que não possibilitassem a visualização de estruturas-chave para o estudo.

Todas os exames foram realizados no mesmo equipamento (Siemens, Magentum Spectra, 3T), ademais todos os pacientes realizaram exames no posicionamento lateral em decúbito lateral direito.

Dois avaliadores independentes realizaram as medidas utilizando o programa RadiAnt DICOM (Pozán, Polônia). Os observadores estavam cegos quanto ao posicionamento do paciente. Para incluir a rotação vertebral nas diferentes medidas, foi utilizada uma linha de referência centrada no processo espinhoso. Uma outra linha tangenciando o bordo vertebral, paralela à primeira, também foi utilizada. As medias foram realizadas em cortes axiais no centro do disco, sempre que possível, quando não havia possibilidade a medida foi realizada no corte mais inferior do nível do disco.

A seguinte medida foi realizada nas imagens axiais, tanto em L3L4 e L4L5:
- Menor distância do corredor pré psoas: Aferido entre vaso sanguíneo mais lateralizado e o rebordo medial do músculo psoas.

Para analisar as distribuições das amostras foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk. Para avaliar a diferença entre os dois grupos foram utilizados o teste de Wilcox e o Teste-T a depender da distribuição das variáveis analisadas. Para apresentar o sumário das medidas foram utilizadas média, mediana e quartis. As estatísticas foram realizadas por meio do software R. O valor de p < 0.05 foi considerado como indicador de significância estatística.

Resultados

Foram incluídos 25 pacientes, 41% do sexo feminino com mediana de idade de 32, variando de 21 a 78 anos.

No nível L3L4 a média do tamanho do corredor foi de 14,6 mm na posição dorsal e de 14,3 mm na posição lateral. Já no nível L4L5 as distâncias médias foram de 10,1 mm e 10,5 mm nas posições dorsal e lateral, respectivamente

Não houve diferença entre o tamanho corredor comparativamente entre os decúbitos. Entretanto, quando estabelecido comparação os níveis L3L4 e L4L5 houve diferença significativa no tamanho do corredor tanto na posição lateral quando na posição dorsal.

Conclusões

O presente estudo não demonstrou diferença no tamanho do corredor obliquo retroperitoneal em L3L4 e L4L5, em diferentes decúbitos, sugerindo que a avaliação do corredor em ressonância magnética convencional parece ser segura e reflete tamanho próximo ao que será obtido na cirurgia com o paciente em decúbito lateral.

Área

Ciência básica na coluna vertebral

Instituições

Brazilian Spine Study Group - São Paulo - Brasil, Instituto de Patologia da Coluna - São Paulo - Brasil

Autores

Matheus Batista, Rodrigo Amral, GABRIEL HENRIQUE DE OLIVEIRA POKORNY, Murilo T Daher, Fernando Marcelino, Renato T Daher, Raphael Pratali, Sérgio Daher, Carlos Romeiro, Ricardo Acácio, Carlos Fernando P S Herrero, Marcus Vinicius Magno, . Brazilian Spine Study Group