18° Congresso da Sociedade Brasileira de Coluna

Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇÃO ENTRE ABORDAGEM ANTERIOR – POSTERIOR VERSUS POSTERIOR ISOLADA PARA TRATAMENTO DE ESCOLIOSE SEVERA

Objetivo

Realizar um estudo comparativo entre dupla abordagem (via anterior e via posterior) versus abordagem apenas pela via posterior para tratamento da escoliose severa.

Metodologia

Foram analisados, de forma retrospectiva, os prontuários de 32 pacientes com escoliose de valor angular maior que 70 graus submetidos a tratamento cirúrgico no Hospital Geral de Fortaleza no período de 2009 até 2019. Foram separados em 2 grupos: grupo 1 com 17 pacientes submetidos a artrodese por via posterior isolada (VP) e grupo 2 com 15 pacientes submetidos a via anterior e via posterior (VAP). No grupo 1, 16 pacientes eram do sexo feminino e 1 do masculino, com idade média de 16,86 anos, peso médio de 43,17 kg e altura média pré-operatória de 1,50 metros. No grupo 2, 10 pacientes eram do sexo feminino e 5 do masculino, com idade média de 17,71 anos, peso médio de 50,34 kg e altura média pré-operatória de 1,54 metros. Os ângulos de Cobb foram medidos pelo mesmo cirurgião de coluna de forma manual em radiografias panorâmicas em ortostase no pré-operatório e no pós-operatório. Altura, valor do angulo de Cobb principal foram avaliados no pré e pós-operatorio, além da duração dos procedimentos. Todos os pacientes foram submetidos ao cálculo da taxa de correção da deformidade.

Resultados

No grupo de abordagem VP a média do ângulo de Cobb (curva principal) pré operatório foi de 96,00°. Após a cirurgia, a média do ângulo de Cobb foi de 43,08°, tendo uma média de variação de 52,27°. A média da taxa de correção foi de 54%.
No grupo de abordagem VAP a média do ângulo de Cobb (curva principal) pré operatória foi de 83,2°. Após a cirurgia, a média do ângulo de Cobb foi de 34,59°, tendo uma média da variação de 48,53°. A média da taxa de correção foi de 58%.

Conclusões

As duas formas de abordagem cirúrgica para tratamento de escoliose severa se equiparam quanto a taxa de correção da deformidade. Portanto, o acesso posterior isolado apresenta vantagem em relação a dupla via, baseado no menor tempo cirúrgico, menor tempo de internamento e riscos de complicações.

Arquivos

Área

Deformidade na criança

Autores

Emílio Crisóstomo Lima Verde, Cláudio Paula Pessoa Dias Júnior, Saulo Rabelo Lima Verde