Dados do Trabalho
Título
INCIDÊNCIA DE CERVICALGIA EM ALUNOS DE MEDICINA DA FACULDADE SANTA MARCELINA
Objetivo
Objetivo Principal
Determinar a incidência, mediante corte transversal, avaliar o impacto pessoal e a busca por cuidados de saúde relacionados à dor cervical nos estudantes de medicina de uma faculdade de São Paulo, além disso, criar uma base estatística de dados sobre a dor cervical nestes graduandos, com a finalidade de, futuramente, determinar possíveis medidas de intervenção para prevenir a dor e melhorar a qualidade de vida dos estudantes.
Objetivos Secundários
• Investigar a correlação entre postura da cabeça, intensidade da dor e índice de incapacidade cervical – neck disability index (NDI), versão traduzida para o português: índice de disfunção relacionado ao pescoço (IDRP);
• Avaliar quanto aos fatores de risco em cada aspecto da vida da pessoa.
Metodologia
Foi aplicado um questionário na polução de estudantes de medicina da FASM – Campus Itaquera. Esse questionário continha questões gerais e relacionadas à cervicalgia e assistência médica prévia (como idade, gênero, curso, se já realizou alguma cirurgia, se fez tratamento para dor cervical), totalizando 15 questões. No mesmo questionário continham 15 questões referentes ao Índice de Disfunção em Relação ao Pescoço (IDRP), a escala visual analógica de dor (EVA) e o questionário de Oswestry com 10 questões. A escala EVA possui 10 cm com as indicações de ausência de dor à pior sensação de dor que sentiu (dor incapacitante) que devem ser assinalados com traço vertical mais próximo da intensidade da dor referida. A EVA é instrumento simples e confiável para avaliar a dor, tanto em situações de pesquisa, bem como, no cotidiano clínico. O IDRP é um questionário com dez itens, elaborado para avaliar a incapacidade e a dor na região da coluna cervical, será aplicada a versão validada para a língua portuguesa.
Resultados
O questionário utilizado continha dados gerais, dados sobre cervicalgia, o índice de disfunção cervical, dados sobre lombalgia e o índice de Oswestry. Nesta análise, utilizaremos apenas as primeiras 3 partes. Nos dados gerais, como demonstrado na Tabela A à seguir, notou-se que, dos participantes que afirmam já ter tido dor no pescoço, ou seja, 295 pessoas, a maioria deles (212) apresentavam com idade entre 21 a 25 anos. Além disso, a grande maioria dos que já apresentaram dor no pescoço é do gênero feminino (219). A maior incidência de dor cervical é em pessoas com 60kg (20 pessoas das 295 que já apresentaram dor no pescoço) e 1,7m (32 pessoas das 295 que já apresentaram dor no pescoço).
Conclusões
Após aplicação de extenso questionário em acadêmicos de Medicina da Faculdade Santa Marcelina ficou evidente a ampla incidência da cervicalgia. Observou-se também que, embora discreta, a prática de exercícios físicos ajuda a reduzir a incidência da cervicalgia, embora entre os atletas o surgimento da dor cervical costuma ser pós treino, o que pode ter relação com má postura. Além disso, pode-se observar que essa patologia tem grande relação com o uso de smartphones e notebooks tanto entre atletas, quanto não atletas.
Área
Ciência básica na coluna vertebral
Instituições
FACULDADA SANTA MARCELINA - São Paulo - Brasil, HOSPITAL SANTA MARCELINA - São Paulo - Brasil
Autores
LUIZ CLAUDIO LACERDA RODRIGUES, FERNANDA ANDREIA MINUTTI NAVARRO, RODRIGO YUITI NAKAO