18° Congresso da Sociedade Brasileira de Coluna

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE COMPARATIVA DAS COMPLICAÇÕES MECÂNICAS ENTRE ALOENXERTO ESTRUTURAL E GAIOLA DE TITÂNIO UTILIZADOS PARA SUPORTE ANTERIOR DA COLUNA NA TUBERCULOSE VERTEBRAL.

Objetivo

Avaliar os resultados e comparar as complicações mecânicas entre os pacientes que utilizaram aloenxerto estrutural (AE) e gaiola de titânio (GT) para substituição do corpo vertebral no manejo tuberculose em segmentos torácico e lombar.

Metodologia

Estudo longitudinal, com base na avaliação retrospectiva de prontuários de pacientes admitidos em um serviço quaternário, em amostragem por conveniência consecutiva, entre novembro de 2012 e julho de 2021, operados pela mesma equipe cirúrgica. Foram incluídos todos os pacientes com diagnóstico histopatológico confirmado de tuberculose vertebral em que foi realizada cirurgia de vertebrectomia objetivando descompressão, desbridamento e correção de deformidade. A substituição dos corpos vertebrais realizada com AE ou GT contendo enxerto autólogo seguido de artrodese posterior, de pelo menos dois níveis acima e dois níveis abaixo do suporte estrutural, com parafusos pediculares.

Resultados

Foram selecionados 22 casos de tuberculose vertebral tratados cirurgicamente com substituição do corpo vertebral, sendo 10 (45,5%) pacientes do sexo masculino e 12 (54,5%) do sexo feminino. O seguimento pós-operatório médio foi de 52,7 meses. Em 17 pacientes (grupo A) foram utilizadas as GT contendo autoenxerto, enquanto nos outros 5 pacientes (grupo B), foram utilizados AE de banco de tecidos. A mediana da idade do grupo A foi 32,1 (IQ 8,78 - 58,65), enquanto no grupo B foi 5,2 (IQ 3,89 - 11,19). Não houve diferença estatística no número de vértebras ressecadas (p = 0,05), quantidade de níveis instrumentados (p = 1,0) e correção do valor angular nos planos coronal e sagital pelo método de Cobb. Não houveram casos de subsidência, quebra ou deslocamento do AE ou GT até a último seguimento pós-operatório. No grupo A foram encontrados quatro casos de quebra das hastes metálicas, um caso de falha juncional proximal e três casos de infecção de ferida operatória que evoluíram bem após desbridamento e antibioticoterapia.

Conclusões

O aloenxerto estrutural e as gaiolas de titânio preenchidas com osso autólogo para o suporte anterior da coluna e substituição de corpos vertebrais no tratamento da tuberculose mostraram resultados semelhantes na correção pós-operatória, com taxas de complicações mecânicas pós-operatória semelhantes (p = 1,0). Estudos futuros, com maior casuística e seguimento são necessários para avaliar a quebra de hastes.

Arquivos

Área

Tumor e Infecção na coluna vertebral

Instituições

INTO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Alderico Girão Campos de Barros, Pedro Paschoal Cassapis Cardoso Afonso, Juan Pablo Cabrera, Luis Eduardo Carelli Teixeira da Silva