Dados do Trabalho

Título

VERTEBROPLASTIA EM FRATURAS POR FRAGILIDADE ÓSSEA E TUMORAIS : RISCOS E BENEFÍCIOS

Objetivo

O objetivo do estudo foi avaliar o procedimento de vertebroplastia percutânea em fraturas patológicas da coluna, por fragilidade óssea e tumorais, comparando resultados de ambos os grupos, e analisar e quantificar possíveis riscos e complicações do método.

Metodologia

Estudo longitudinal de coorte retrospectivo, que contou com 34 pacientes atendidos em ambulatório de especialidade de cirurgia da coluna vertebral com diagnóstico de fratura da coluna vertebral (FXV), tendo como causa trauma de baixa energia e/ou sem trauma relatado , com ou sem história prévia de osteoporose / tumor, atendidos entre Janeiro de 2019 a Novembro de 2021, e que, durante processo de acompanhamento foram submetidos a tratamento cirúrgico de vertebroplastia percutânea . Nesses pacientes, foram tratados no total 46 corpos vertebrais fraturados – 25 vértebras lombares e 21 torácicas, a maioria perto da transição toracolombar. Sendo 28 pacientes com fratura por fragilidade (grupo A) e 9 pacientes com fraturas patológicas (grupo B) .A inclusão no estudo ocorreu mediante autorização do paciente ou familiar responsável no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Foi realizada anamnese composta por exame físico e entrevista que consistiu na aplicação de perguntas objetivas e fácil compreensão para o levantamento de dados inerentes à história pregressa dos voluntários e fatores de risco associados à fragilidade óssea / tumor.
Todos os pacientes foram submetidos a exames necessários para a correta avaliação radiológica da coluna e constatação da presença de FXV. Para a classificação da FXV, foi utilizado o método semiquantitativo de Genant.
As avaliações pós operatórias, consistiram na aplicação de score EVA e questionário de incapacidade (ODI) e análise sistemática de estudo tomográfico pós operatório por médico radiologista para quantificação do preenchimento da vértebra, (<50% ou >50%), se houve ou não extravasamento, bem como para quais locais eles ocorreram.

Resultados

Foram operadas 46 vértebras em 34 pacientes, com média de idade de 71 anos. Um total de 11 pacientes tiveram mais de um nível operado.
17 vertebras foram classificadas como Genant 1, 12 Genant 2 e 17 Genant 3.
13 pacientes com fraturas tumorais e 21 com fraturas por insuficiência.
Observou-se extravasamento do PMMA em 31 vértebras , sendo os locais mais frequentes: Plexo Venoso Vertebral Externo (23), Corpo Discal (9), Recesso Epidual Anterior (4) Vasos Pulmonares (4), Plexo Venoso Vertebral Interno (3), Cava Inferior (2), Plano Adiposo (2), Veia Azigos (1).
Nenhum paciente apresentou repercussão clínica ao extravasamento.
VAS pré operatório médio foi 8 e pós operatório 3.
ODI pré operatório médio foi de 56 e pós operatório 30

Conclusões

O extravasamento de conteúdo de PMMA foi frequente em diversos locais e níveis, porém sem nenhuma complicação clínica relacionada.
A VP mostrou-se procedimento eficaz ao seu objetivo em melhora de dor e função (VAS e ODI).

Arquivos