Dados do Trabalho

Título

Artrodese Cervical Longa Para Tratamento de Fratura-Luxação C6-C7 Em Paciente Com Espondilite Anquilosante: Relato de Caso

Introdução

Espondilite anquilosaste pertence ao grupo das espondiloartrites e se caracteriza por ser uma doença inflamatória crônica de acometimento da coluna vertebral, articulações sacro-ilíacas e articulações periféricas.
Na coluna vertebral a doença é associada a sintomas inflamatórios inicialmente e progride com anquilose fibrosa e óssea com retificação das curvas e diminuição do arco de movimento.
Ocorre também ossificação das camadas externas do anel fibroso do disco intervertebral e das camadas profundas dos ligamentos longitudinais, que em casos mais avançados adquirem um aspecto de coluna em “bambu”. Essas alterações, associadas a osteoporose, aumentam o risco para fraturas vertebrais

Relato de caso

Paciente, 57 anos, sexo masculino, apresentando fratura-luxação cervical ao nível C6-C7, sem déficit neurológico (Asia-E), submetido a tratamento cirúrgico por via única anterior de Smith & Robinson. Incisão de pele ao nível da cartilagem cricoide (C6). Realizada redução da fratura-luxação associada a artrodese anterior longa de C5 a T1, com discectomia e aposição de dispositivo intersomático com enxerto tricortical. Paciente liberado para movimentação livre em pós-operatório imediato, porém com uso de colar cervical esponjoso. Sem alteração neurológica. Relatando apenas discreta disfagia com resolução espontânea após alguns dias.

Conclusão

Caso relatado apresenta um paciente com fratura-luxação cervical associada a espondilite anquilosaste avançada tratado com artrodese cervical longa por via anterior única. Esses pacientes apresentam rigidez articular por toda a coluna vertebral, devendo ter fraturas nesse segmento interpretadas como fraturas em ossos longos nas quais exigem uma fixação mais longa para equilibrar o braço de alavanca e as forças deformantes. Em consequência, devido a estabilidade proporcionada pela artrodese longa, torna-se dispensável a abordagem complementar por via posterior.

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