18° Congresso da Sociedade Brasileira de Coluna

Dados do Trabalho


Título

ÍNDICE DE DEFORMIDADE ESPINAL E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DENSITOMÉTRICO DE OSTEOPOROSE

Objetivo

Avaliar a existência de uma possível correlação significativa entre a qualidade de vida de pacientes ambulatoriais com osteoporose e o Spinal Deformity Index (SDI, Índice de Deformidade Espinal), método radiográfico de avaliação semiquantitativa da coluna vertebral que permite identificar fraturas prevalentes e incidentes

Metodologia

Estudo observacional transversal realizado com pacientes do sexo feminino, caucasianas, com mais de 50 anos de idade, diagnóstico densitométrico de osteoporose e em seguimento ambulatorial, as quais foram submetidas aos questionários Oswestry Disability Index (ODI) e SF-36 para dimensionar o dano direto e indireto das fraturas por fragilidade vertebral na qualidade de vida. A pontuação obtida nestes questionários foi correlacionada com os escores do SDI, calculados a partir das radiografias da coluna vertebral lombar e torácica

Resultados

Concluíram o estudo 48 pacientes, com média de idade de 69,6 ± 6,7 anos, índice de massa corporal (IMC) médio de 25,4 ± 3,4 kg/m2, ODI médio de 25,1 ± 17,9%, SF-36 médio de 428,7 ± 192,4 e SDI médio de 4,3 ± 3. Para a análise estatística empregou-se o coeficiente de Spearman (p ≤ 0,05)Não houve correlação estatística significativa entre o escore SDI e a pontuação obtida nos questionários de qualidade de vida, ODI e SF-36, mesmo quando considerados cada um de seus domínios separadamente. Em contrapartida, o IMC apresentou correlação positiva de 0,37 (p = 1x10-2) com o SDI. Porém, deve-se ressaltar que se trata de uma correlação fraca.
Quando considerados os subgrupos com SDI menor que 4 (n=21), entre 4 e 7 (n=17) e maior que 7 (n=10), também não há uma correlação estatística significativa entre o escore SDI e a pontuação obtida nos questionários de qualidade de vida, ODI e SF-36. Exceção é feita ao IMC das pacientes com SDI menor do que 4.

Conclusões

NÃO HOUVE CORRELAÇÃO ESTATÍSTICA ENTRE O SDI E A PONTUAÇÃO OBTIDAS NOS QUESTIONÁRIOS DE QUALIDADE DE VIDA SDI E SF-36 NA AMOSTRA DE POPULAÇÃO ESTUDADA. DEMONSTROU-SE QUE EM UMA POPULAÇÃO COM SEGUIMENTO AMBULATORIAL ADEQUADO PARA O TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE, A QUALIDADE DE VIDA TENDE A SER MELHOR, A DESPEITO DA PRESENÇA DE FRATURAS VERTEBRAIS POR INSUFICIÊNCIA.

Área

Doenças ósteo-metabólicas na coluna vertebral

Autores

GABRIELLE AVELAR LOPES LAMOGLIA, SYLVIO NETO MISTRO, ANDRE ROSA FRAZAO, MAURICIO COELHO LIMA, MARCOS ANTONIO TEBET, WAGNER PASQUALINI, IVAN GUIDOLIN VEIGA, PAULO TADEU MAIA CAVALI, MARCELO ITALO NETO RISSO