24° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Internações, gastos e mortalidade por arritmias atriais no Ceará: uma pesquisa no sistema público de saúde do estado nos últimos 5 anos.

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: Arritmia cardíaca é alteração da frequência, formação e/ou condução do impulso elétrico através do miocárdio. A taquicardia supraventricular é quando o ritmo se origina acima da junção entre o nó atrioventricular (AV) e o feixe de His, podendo surgir no nódulo sinusal, no miocárdio atrial ou na junção AV. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico de internações, gastos e mortalidade por taquicardias atriais de janeiro de 2013 a abril de 2018 no Ceará. MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo e transversal, baseado em dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, considerando-se flutter atrial, fibrilação atrial, taquicardia atrial direita, esquerda e cicatricial. RESULTADOS: Nos últimos 5 anos, foram registradas 176 internações por taquicardias atriais pelo sistema de saúde público do Ceará, sendo 2017 o ano com o maior número (46), seguido, respectivamente, por 2013 (30), 2015 (28), 2016 (27) e até 04/2018 (21). Foram 30 por flutter atrial, 63 para taquicardia atrial direita, 47 para fibrilação atrial, 29 para taquicardia atrial cicatricial e 7 para taquicardia atrial esquerda. Os gastos totais foram R$827.580,25, todos de alta complexidade, sendo maior em 2017 (R$216.069,50) e menor em 2014 (R$115.900,36), sendo R$231.403,87 de natureza federal e R$135.120,11, estadual. O maior gasto por internação foi da taquicardia atrial cicatricial (R$5.480,99), seguido pela taquicardia atrial esquerda (R$4.864,94), fibrilação atrial (R$4.667,96), taquicardia atrial direta (R$4.523,44) e, por último, flutter atrial (R$4.434,43), sendo maior em 2014 (R$4.829,18) e menor em 2018 (R$4.585,16). Não foi registrado nenhum óbito no estado do Ceará durante o período considerado. CONCLUSÃO: Diante disso, é possível constatar que os gastos para o tratamento de taquicardias atriais ainda é bastante significativo para o serviço público de saúde do Ceará; entretanto, questiona-se uma possível subnotificação em relação às internações e mortalidade. Faz-se necessário um maior fluxo de informação, acerca do assunto, entre os profissionais da saúde, sobretudo os cardiologistas, a fim de atenuar os gastos, bem como melhorar o atendimento e o tratamento, visando maior custo-benefício.

Palavras-chave (de 3 a 5)

Taquicardia, atrial, internações, gastos, mortalidade

Área

Intervencionista

Autores

Camylla Santos de Souza, Adelmo Isaac Medeiros Avelino, Jessica Maria Teixeira Ribeiro, Luccas Ribeiro Mesquita, Phelippe Ramos Accioly, João David de Souza Neto