24° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

OBESIDADE EM IDOSO: REPERCUSSÕES CARDIOVASCULARES

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: O envelhecimento é um processo que vem aumentando consideravelmente nos países em desenvolvimento. Essa transição demográfica tem impactado no perfil epidemiológico e na transição nutricional com o aumento da prevalência da
obesidade em idosos. A obesidade está relacionada diretamente ou não com patologias e contribui nos índices de morbimortalidade causadas por Doenças Cardiovasculares (DCV), osteomusculares e neoplasias. Apresentação Clínica, identificação: M.D.N.L, 78 anos, sexo feminino, casada, parda, natural e procedente de Ipu – CE. Queixa Principal: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). História pregressa da doença atual: Informou que em 2010 realizou cateterismo e que desde então, faz acompanhamento com cardiologista e profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro onde reside. Antecedentes pessoais: HAS há 15 anos, dislipidemia, obesidade, sedentarismo, Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) há 08 anos e história familiar de cardiopatia. Exame físico: Pressão Arterial sentada: 140 x 90 mmHg; Peso: 80 kg; Altura: 1,34 m; Índice de Massa Corporal (IMC): 44,69 Kg/m2; Circunferência Abdominal (CA): 125 cm. Exames Laboratoriais: Glicose: 92,0 mg/dL; Creatinina: 1,12 mg/dL; Colesterol Total (CT): 279 mg/dL; HDL: 63,0 mg/dL; LDL: 198,0 mg/dL; Triglicerídeos: 88,0 mg/dL; TGO: 21,0 mg/dL; TGP: 24,0 mg/dL; Ureia: 64,0 mg/dL; VLDL: 18 mg/dL; Ácido úrico: 5,8 mg/dL Hemosedimentação – VHS: 24 mm 3 na 1a hora; Coagulograma Completo : Tempo de Sangria: 2:11 minutos; Prova do Laço: Negativo; Plaquetas 161.000/mm2; Tempo de Protombina (TP):16,2 segundos, Atividade de Protombina 60 %; Tempo de Tromboplastina: 27,3 segundos; T3 livre : 2,79 pg/mL; T4 livre: 0,78 ng/dL; TSH: 14,22 microUI/mL; Cálcio: 11,0 mg/dL; 25 Hidroxivitamina D: 38,8 ng/mL. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As repercussões da obesidade associada à comorbidades foram negativas diante do quadro patológico da paciente como descompensação de PA e ICC, dislipidemia e mobilidade prejudicada. Assim, adotaram-se estratégias de intervenções comportamentais associadas às farmacológicas. Recomendou-se reeducação alimentar com dieta hipossódica, normocalórica, normoglicídica, normoprotéica e hipolipídica e atividade física leve. O tratamento farmacológico atual consiste em: Losartana 50 mg; Brasart HCT (Valsartana; Hidroclorotiazida 320mg + 25 mg); Carvedilol 6,25 mg; Espironolactona 25 mg; Ateroma (Atorvastantina Cálcica) 40 mg. Puran t4 (Levotiroxina Sódica) 50 mcg ; Cloridrato de Amiodarona 200 mg; Sulfato de glicosamina 1,5 g e Zyloric; Alopurinol 100 mg. CONCLUSÃO: A obesidade em idosos repercute na qualidade de vida, sendo um problema de saúde pública, impactando na longevidade, no cotidiano e questões psicossociais. Portanto, o uso de estratégias comportamentais associadas ao tratamento farmacológico favorecem o controle dos fatores de risco como obesidade, HAS, obesidade abdominal, sendo os mesmos preditores de risco cardiovascular.

Palavras-chave (de 3 a 5)

Obesidade; Idoso; Doenças Cardiovasculares.

Área

Clínico

Autores

Maria Liliane Freitas Mororó, Jeferson de Lima Costa, Gilcelene de Castro Andrade