Dados do Trabalho
Título
Qual a cardiopatia responsável pelo maior número de internações, gastos e mortalidade no Ceará nos últimos 5 anos em comparação com o restante do Nordeste?
Resumo estruturado
INTRODUÇÃO: As cardiopatias registram 31% das mortes mundiais, sendo que 3/4 se dão em países de baixa e média renda, dentre os quais se inclui o Brasil. Considerando que uma importante parcela da população brasileira reside no Nordeste (NE), em especial, no Ceará (CE), urge conhecer as estatísticas locais mais atualizadas acerca dessas afecções. OBJETIVO: Realizar um panorama das internações, gastos e mortalidade por cardiopatias no CE em comparação com o restante da região NE nos últimos 5 anos. MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo, observacional e transversal, por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. RESULTADOS: De 01/2013 a 04/2018, o CE registrou 197.775 internações pelo Capítulo IX-CID10 (doenças do aparelho circulatório) – 14,69% de 1.346.096 do NE, estando em 3º lugar, abaixo da Bahia (377.013) e Pernambuco (276.816) – das quais a maior parte, tanto no CE como no NE, deveu-se à insuficiência cardíaca (210.386 – CE). Considerando-se apenas as cardiopatias, em 2º lugar, estão outras doenças isquêmicas (27.043), seguidos de infarto agudo do miocárdio (15.381), outras cardiopatias (9.891), hipertensão primária (8.061), transtornos de condução/arritmias (7.123), outras doenças hipertensivas (4.657), doença reumática crônica (1.907), febre reumática (1.208) e embolia pulmonar (628). Um fator positivo é que no CE, assim como no NE, houve diminuição das internações de 2013 para 2017 (-9,91% no CE e -1,60% no NE), com redução dos valores de todas as cardiopatias, exceto IAM, TEP, arritmias e outras doenças cardíacas. A DRC foi a doença que registrou maior média de gasto por internação no NE (R$10.321,74) e CE (R$9.533,91), enquanto a com menos foi a HAS (R$351,15 no NE e R$245,39 no CE). A média geral do estado (R$2.009,13) foi ligeiramente superior que a da região (R$1.971,96), com crescimento, em todas as cardiopatias, entre 2013 e 2018 (27,21% no NE e 76,67% no CE). Acerca da mortalidade, a taxa do CE foi de 8,21, inferior à do SE (8,64), havendo um aumento em ambos no período (38,39% no CE e 10,67% no NE), sendo que apresentaram crescimento outras doenças hipertensivas e cardíacas, TEP, arritmias e IC. CONCLUSÃO: Apesar de a IC ter obtido maior número de internações no CE e no NE, não apresentou o maior gasto por internação, cabendo à DRCC, nem a maior mortalidade, pela TEP. Preocupa o fato de que, apesar de a quantidade de internações ter diminuído, a mortalidade e os gastos aumentaram.
Palavras-chave (de 3 a 5)
Cardiopatia,Ceará,Internações
Área
Clínico
Autores
Camylla Santos De Souza, Patricia Fraga Paiva, Nícolas Breno Gomes De Lima, Yngrid Souza Luz, Carolina Fraga Paiva, João David De Souza Neto