Dados do Trabalho
Título
Resultados além dos estéticos na cirurgia aórtica por esternotomia parcial em J
Resumo estruturado
Introdução:
A incisão mediana transesternal é o padrão ouro nas abordagens cirúrgicas da aorta ascendente e valva aórtica, pois apresenta reprodutividade e efetividade em um ambiente seguro. Nos últimos anos, com o aumento na expectativa de vida da população, métodos
menos invasivos e que levam a um menor trauma cirúrgico e menor risco a pacientes de um risco cirúrgico mais elevados foram introduzidos no armamentarium do cirurgião cardiovascular.
Materiais e métodos:
Com o intuito de melhor recuperação de nossos pacientes criamos desde 2006 um programa de indicação no emprego de incisões minimamente invasivas ( incisões esternais parciais em J ) para cirurgias valvares aórticas e mitrais. Apresentamos no presente trabalho nosso mini acesso para cirurgias valvares aórticas (incisão esternal parcial superior em J) com redução no impacto traumático no tocante a redução no sangramento pós operatório e necessidade de hemoderivados, complicações de ferida operatória, dor no pós operatório e satisfação estética, resultando numa recuperação mais rápida e com menos taxas de complicações. Comparamos os dados de nossos últimos dez pacientes operados por esternotomia parcial em J para troca de valva aórtica por estenose valvar com aqueles operados via esternotomia completa.
Resultados:
Nos últimos 10 pacientes operados para troca valvar aórtica por estenose valvar por esternotomia parcial não foram observados aumento significativo nos tempos de circulação extra-corpórea ( média da diferença +4 min) ou tempo de anóxia (média da diferença + 1 min) , utilização de hemoderivados, eventos cerebrais isquêmicos, tempo médio de internação hospitalar (-1 dia) , fibrilação atrial no pós operatório ou percepção de dor por escala própria quando comparados aos últimos 10 operados por esternotomia convencional.
Foi observado uma melhor aceitação quanto a cicatriz no pós operatório e redução na perda sanguínea nas primeiras 24hs ( média da diferença - 200 ml) nos pacientes submetidos a esternotomia parcial.
Discussão:
Com a familiaridade e correta adaptação do método ao paciente e não do paciente ao método podemos conseguir resultados seguros e semelhantes ao padrão ouro empregado no tratamento da estenose aórtica valvar. Não temos pretenção em discutir qual o melhor acesso , mesmo porque nossos dados não o permitem, mas levar a discussão novas atitudes por parte da cirurgia cardíaca em tentar se reinventar com a aquisição de novas habilidades para resultados mais completos e duradouros ,com menor trauma quer cirúrgico ou psicológico ao paciente.
Palavras-chave (de 3 a 5)
valva aórtica , cirurgia minimamente invasiva, esternotomia
Área
Cirúrgico
Autores
Fabiano Gonçalves Jucá, Mamede Johnson Aquino, Francisco Sávio Alves Arcanjo, Maria Eduarda Coimbra Rocha Jucá