Dados do Trabalho
Título
Comparação entre Colesterol Total e IMC em amostra isolada em ponto de grande circulação em Fortaleza - CE
Resumo estruturado
As doenças cardiovasculares (DCV) figuram entre as principais causas de mortalidade na totalidade de óbitos no Brasil. Logo, é de suma importância atuar na prevenção de fatores previamente conhecidos que guardem relação com a fisiopatologia das DCV dentre os quais podemos citar hipertensão arterial, tabagismo, diabetes, sedentarismo, dislipidemia, obesidade. Os dois últimos, alvos de nossa análise, têm forte associação com o risco cardiovascular e serão representados pelo valor de colesterol total (CT) e cálculos do índice de massa corpórea (IMC), respectivamente. Foi montado estande em parceria com a Sociedade Cearense de Cardiologia no Dia do Coração e no Dia de Combate à Hipertensão no calçadão da Avenida Beira-Mar de Fortaleza, na qual muitas pessoas estão desenvolvendo atividades físicas por meio de academias ao ar livre ou de caminhada e corrida. Então, por livre demanda, realizou-se coleta de medidas antropométricas, como peso e estatura, a fim de calcular IMC, bem como foram mensurados valores de colesterol total associados às medições de IMC e CT num total de 67 pacientes entrevistados por meio do medidor cardiocheck. Os dados foram analisados usando Excel para cálculo de estatísticas e confecção de gráficos. Os valores de CT dos 67 resultados foram avaliados segundo o preconizado pela V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose e os de IMC pela Diretriz Brasileira de Obesidade. Em relação ao IMC, 20,89% dos entrevistados estavam no peso normal; 50,74% com sobrepeso; 23,88% com obesidade I; 1,49% com obesidade II; 2,48% com obesidade grave. Quanto ao CT, 85,07% deles estavam na categoria desejável; 8,95% eram limítrofes; e 5,97% tinham CT considerado alto. Ao se comparar as duas categorias, observou-se que apenas um indivíduo tinha CT limítrofe entre os de peso normal; 14,70% dos entrevistados com sobrepeso apresentava CT limítrofe ou alto; 18,75% tinham CT limítrofe ou alto entre os obesos grau I; o paciente obeso grau II tinha CT desejável; e 50% dos pacientes obesos graves tinham CT desejável e 50% tinha CT limítrofe. É preciso destacar que, dos entrevistados com CT alto, 50% possuíam sobrepeso e 50% eram obesos grau I. Ao final dessa análise, é possível concluir que os fatores de risco cardiovascular se relacionam fortemente com CT e IMC. Também pode-se apontar a alta incidência de sobrepeso e obesidade entre os entrevistados, a qual totalizou 78,59%, como um indicador preocupante. Ademais, constatou-se que a maior parcela felizmente mantinha valores de CT desejável. Observa-se ainda que a incidência de CT limítrofe e/ou alto aumenta em proporção direta com as classes de IMC, principalmente nos paciente com sobrepeso e obesidade I. Vale ressaltar também que a incidência de CT alto foi a mesma nos entrevistados com sobrepeso e nos com obesidade I. Logo, deve haver maior atenção para essas categorias no que tange aos cuidados tanto com o IMC, quanto com os níveis de CT.
Palavras-chave (de 3 a 5)
Doenças cardiovasculares, Colesterol total, IMC, Sobrepeso
Área
Clínico
Autores
Helayne Moreira Claudino, Hugo Leonardo Sá Machado Diniz, Joely Nataly Pinheiro da Silva, Hélio de Souza Peres Júnior, Gustavo Gomes De Oliveira, Valderlon Freitas Da Silva, Clara Thalia Rodrigues Silva, Calisto Dantas De Medeiro Neto, Antônio Augusto Guimarães Lima