24° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

HIPERTENSÃO ARTERIAL NO IDOSO: DESFECHOS CARDIOVASCULARES

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: A prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) acomete uma elevada parcela da população idosa. Fatores de risco e comorbidades, associados à HAS e ao envelhecimento, têm sido responsáveis pela elevada taxa de eventos cardiovasculares, cerebrovasculares, além de doenças periféricas e renais. Apresentação Clínica – ID: M.S.D, 74 anos, sexo feminino, viúva, branca, natural e procedente de Fortaleza – CE. QP: Pressão Arterial (PA) descompensada há 10 anos. HP: paciente é conhecedora da HAS, informou que em 2008 apresentou alterações e procurou atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS). Fazia uso de Hidroclorotiazida (HCTZ), Captopril, Metformina, Ácido Acetilsalicílico (AAS), Digoxina, Carbonato de Cálcio e Paracetamol, em caso de dor. Relatou não se sentir bem com HCTZ, tendo sido substituído por Propranolol. Antecedentes Pessoais: HAS há 10 anos, Diabetes Mellitus (DM) tipo II, dislipidemia, obesidade, sedentarismo e história familiar de cardiopatia. Exame Físico: PA sentada: 140x80 mmHg; Membro Inferior Esquerdo (MIE) apresentando edema 2+/4+, mole, frio; Peso: 76 kg; Altura: 1,54 m; Índice de Massa Corporal (IMC): 32 Kg/m2; Circunferência Abdominal (CA): 128 cm. Exames Laboratoriais: Glicose: 105,1 mg/dL; Creatinina: 0,9 mg/dL; Colesterol Total (CT): 199,0 mg/dL; HDL: 33,0 mg/dL; LDL: 106,26 mg/dL; Triglicerídeos: 218,7 mg/dL; TGO: 20,2 mg/dL; TGP: 21,6 mg/dL; Ureia: 48,5 mg/dL; Hemoglobina Glicosilada (HbA1c): 6,8%. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As medidas de intervenção foram medicamentosas e de orientações de mudanças de comportamento. Neste caso, por tratar-se de paciente com síndrome metabólica e doença cardiovascular identificada, há alto risco cardiovascular, estabelecendo-se como meta pressórica valor de PA 120x80 mmHg. A indicação terapêutica consistiu em orientações de modificações no estilo de vida e no uso de fármacos anti-hipertensivos, simultaneamente. Pesquisas mostram que as mudanças no estilo de vida reduzem em média de 4 a 20 mmHg a Pressão Arterial Sistólica (PAS) e que a redução de peso pode impactar na redução de até 20 mmHg da PA, sendo a adesão à dieta, a redução de ingestão de sódio e a prática de atividade física as intervenções que impactam de forma positiva no tratamento e na resposta aos anti-hipertensivos usados. Devido à presença de comorbidades associadas à HAS e ao alto risco cardiovascular, observou-se associação de dois fármacos com ações sinérgicas e as modificações do perfil metabólico. O tratamento farmacológico atual consiste em: Losartana Potássica, Anlodipino, Atenolol, Sinvastatina, Metformina, Glibenclamida e AAS. CONCLUSÃO: A HAS está intrinsecamente relacionada aos desfechos cardiovasculares e à morbimortalidade, afetando diretamente a qualidade de vida em caso de tratamento inadequado. Sendo assim, o tratamento da HAS impacta na qualidade de vida, na sobrevida e na diminuição de desfechos cardiovasculares, resultando em um envelhecimento mais tranquilo e saudável.

Palavras-chave (de 3 a 5)

Hipertensão, Idoso, Doenças Cardiovasculares

Área

Clínico

Autores

Gilcelene de Castro Andrade, Maria Liliane Freitas Mororó, Jeferson de Lima Costa