24° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

INTERFACES ENTRE DEPRESSÃO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: A associação entre depressão e Doenças Cardiovasculares (DCV) tem sido evidenciada em alguns estudos, sendo que a depressão impacta na reabilitação de pacientes que sofrem Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), além de associar-se a elevadas taxas de morbimortalidade. Apresentação Clínica: Identificação: I.C.M.F, 55 anos, sexo feminino, solteira, branca, natural e procedente de Ipu – CE. Queixa Principal: Angina. História Pregressa da Doença Atual: Em 2001, apresentou quadro de IAM, derrame pleural e infecção pulmonar. Durante período de internação do quadro clínico de pneumonia, sofreu hemorragia e recebeu transfusão de sangue. Em 2016, foi submetida à cateterismo cardíaco e apresentou Miocardiopatia Transitória (Síndrome do Balonamento Apical), tendo sido submetida à cirurgia de Revascularização Miocárdica (RM). No mesmo ano, teve quadro de Trombose Venosa Profunda (TVP) no Membro Superior Esquerdo (MSE). Antecedentes Pessoais: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) há 20 anos, Dislipidemia, Obesidade, Sedentarismo, Esteatose Hepática, Depressão, Hipertireoidismo, Transtorno da Compulsão Alimentar (TCAP), Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) há 17 anos e história familiar de cardiopatia. Faz tratamento com psiquiatra há 15 anos e acompanhamento com cardiologista e endocrinologista. Exame Físico: PA sentada: 170 x 90 mmHg; Peso: 83,0 kg; Altura: 1,52 m; Índice de Massa Corporal (IMC): 35,93 Kg/m2. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As intervenções adotadas para esse caso consideram as recomendações das Diretrizes Brasileira de Cardiologia (DBC), buscando intervir nos fatores de risco no intuito de estabilizar os sintomas da doença. Optou-se por estratégias de intervenções comportamentais associadas às farmacológicas devido ao impacto favorável ao melhor prognóstico e à qualidade de vida da paciente. Recomendou-se reeducação alimentar e exercício físico leve associados à medicina psicossomática e ao tratamento farmacológico atual que consiste em: Atenolol 50 mg; Vastarel® 35 mg; Pressat® 5 mg; Sustrate® 10 mg; Cardizem® 30 mg (Cloridrato de Diltiazem); Pristiq® (Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado 50 mg); Alprazolam 2 mg; Aspirina® 300 mg; Omeprazol 20 mg; Rosuvastatina Cálcica 40 mg; Zetia® 10 mg. CONCLUSÃO: A complexidade do caso evidencia a necessidade de intervenções nos fatores de risco para DCV. Dentre estes fatores, podemos destacar a depressão que está diretamente relacionada a morbimortalidade entre os pacientes que tiveram IAM. Os sintomas somáticos da depressão podem impactar nas DCV caso não sejam considerados os fatores psicossociais durante o tratamento. Dessa forma, é possível concluir que o tratamento eficaz engloba tanto práticas integrativas quanto holísticas.

Palavras-chave (de 3 a 5)

Depressão; Doenças cardiovasculares; Qualidade de Vida

Área

Clínico

Autores

Gilcelene de Castro Andrade, Maria Liliane Freitas Mororó, Jeferson de Lima Costa