Dados do Trabalho
Título
INDICADORES FARMACOLÓGICOS E NÃO-FARMACOLÓGICOS DA ALTA HOSPITALAR DE PACIENTES INTERNADOS POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NORTE-NORDESTE
Resumo estruturado
Introdução: A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) tem sido apontada como a primeira causa cardiovascular de hospitalização no país, representando assim, uma das doenças que mais tem crescido nos últimos tempos. A não adesão ao tratamento como um reflexo de abordagem não efetiva do paciente ou da complexidade do tratamento, bem como a ocorrência de complicações referentes à internação inicial, pode implicar em readmissões do paciente com IC. Readmissões não planejadas podem ser consideradas um evento sentinela para questionar a qualidade do cuidado durante e após a estadia inicial. O objetivo do presente estudo é analisar os perfis farmacológicos da alta hospitalar de pacientes internados por insuficiência cardíaca em um hospital de referência. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, de natureza quantitativa. Foram identificados os aspectos que comprometem a qualidade do serviço através dos indicadores de qualidade e desempenho. A amostra é composta por 374 pacientes internados no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, no período de abril de 2016 até outubro de 2017. A análise dos dados foi realizada por meio do Statistical Package for Social Science, sendo calculadas frequências simples e relativas, além das médias e desvio padrão. A pesquisa seguiu todos os critérios ético-legais, tendo sido aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Messejana. Resultados: Foram analisadas as prescrições dos 144 pacientes e observou-se que 97,6% dos pacientes possuíam prescrição de beta-bloqueador, a minoria dos usuários recebeu prescrição de Inibidor da Enzima Conversora de Angiotensina (7,1%), e 75,5% saíram da internação com a utilização dos bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA). A estatina foi prescrita para 48,6% dos pacientes e a digoxina em 39,8% dos casos. Os diuréticos de alça foram prescritos em 88,8% dos receituários e a espirolactona em 75,5%. Quando analisados os indicadores não-farmacológicos, observou-se que 50,5% dos pacientes receberam material educacional na alta hospitalar, 69,4% foram orientados quanto a mudança de estilo de vida e controle do peso, 55,1% receberam informações sobre a prática de atividade física e 32,7% dos internados no hospital foram referenciados para o setor de reabilitação cardíaca. O indicador “orientação sobre piora dos sintomas” foi registrado em 69,4% dos prontuários e orientação sobre a utilização da medicação prescrita foi encontrada em 75,5% dos registros e cerca de 86,7% dos pacientes receberam agendamento para visita de acompanhamento. Conclusão:Avaliar os indicadores da alta hospitalar gera impactos positivos sobre a assistência de todos os profissionais da saúde envolvidos no tratamento. Após a identificação dos indicadores que necessitavam de intervenção, foi possível construir estratégias que buscavam reconhecer as barreiras e oportunidades para a garantia da melhoria no atendimento aos pacientes internados com insuficiência cardíaca.
Palavras-chave (de 3 a 5)
Insuficiência Cardíaca Congestiva; Alta Hospitalar; Adesão Medicamentosa;
Área
Clínico
Autores
Larissa Moura Barbosa, Dafne Lopes Salles, Fernanda Rheinheimer, Maria Gyslane Vasconcelos Sobral, Lorena Campos Souza