25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Monitoramento Remoto de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis em pacientes com Insuficiência Cardíaca

Resumo estruturado

Introdução. O monitoramento remoto de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis(DCEI) em pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) pode oferecer uma nova abordagem no seguimento e tratamento destes pacientes, reduzindo o número de visitas médicas, internações, choques inapropriados, oferecendo maior segurança e possibilitando a detecção precoce de arritmias. Objetivo. Avaliar os benefícios do monitoramento remoto dos DCEI em portadores de ICC. Metodologia e Casuística.Estudo de Coorte, prospectivo, descritivo, envolvendo um grupo 38 pacientes com ICC e portador de DCEI, sendo 5 marca-passos(MP) uni ou bicamerais (MP), 3 MP multi-sítios ressincronizadores (TRC), 23 desfibriladores (CDI) e 7 marca-passos multi-sítios com desfibriladores associados (TRC-D). 27 eram do sexo masculino, 11 do sexo feminino, com idade média de 71,0± 17,0 anos e fração de ejeção média de 45,0± 12,0 %. Foram analisados os seguintes parâmetros: 1- problemas nos eletrodos ou bateria; 2- Arritmias supra-ventriculares; 3- Arritmias ventriculares;4-Impedância torácica inferindo congestão pulmonar; 5- Percentual de arritmias;6- Percentual de estimulação biventricular;7-Percepção de segurança pelo paciente. 12 (32%) moravam fora da área do centro investigador. O teste de Mann Whitney e o teste Exato de Fischer foram usados quando apropriados.Resultados. Foram detectados eventos em 73,6% (28/38) dos pacientes no grupo estudado, sendo 7 problemas nos eletrodos ou bateria; 19 Arritmias supra-ventriculares; 11 taquicardia ventricular/presença de terapias dos CDI; 03 alterações na Impedância torácica; 04 elevação no percentual de arritmias; 02 queda no percentual de estimulação biventricular. 34 (89%) pacientes referiram ter maior sensação de segurança com o monitoramento remoto. 24 (63%) pacientes necessitaram mudanças de conduta no tratamento com os achados no monitoramento remoto em tempo médio de seguimento de 33±22 meses. Não houve diferença no tempo médio de seguimento entre os grupos com evento (30,21± 21,7) e sem evento (39,0 ± 23,1) (p=0,2327) ou diferenças na ocorrência de eventos e a fração de ejeção <35 % (p=0,69). Conclusão. O monitoramento remoto de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis em pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva mostrou ser um importante aliado no manuseio e seguimento clínico destes pacientes, determinando mudanças de condutas mais precoce e aumentando a segurança.

Palavras-chave (de 3 a 5)

Monitoramento remoto, Marcapasso

Área

Clínico

Autores

Maria Eduarda Quidute Arrais Rocha, Maria Victoria Pessoa Freire, Dante Aguiar Bonorandi Filho, Guilherme Van der LInden Fialho, Fernanda Pimentel Arraes Maia, Rebeca Viana Brígido de Moura, Francisco Daniel Cavalcante Vidal , Jeruza Mara de Oliveira Lima, Eduardo Arrais Rocha