25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

PACIENTE COM INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA E CARDIOVERSOR DESFIBRILADOR IMPLANTAVEL: UM RELATO DE CASO

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: A Insuficiência cardíaca (IC) caracteriza-se pelo estado no qual o coração é incapaz de bombear para atender às necessidades metabólicas tissulares. Dentre as complicações, destacam-se as arritmias ventriculares, como a taquicardia ventricular (TV) e a fibrilação ventricular, que não apenas são fonte de sintomas como palpitações, síncope e tontura, mas também são responsáveis por cerca de 80% dos casos de morte súbita nesses pacientes. Vale salientar que a morte súbita(MS) é um desfecho comum nesses pacientes, sendo responsável por 30 a 50% dos óbitos dos portadores de IC. Assim, episódio prévio de morte súbita abortada e a TV denotam alto fator de risco para MS, sendo indicação Classe I para uso de um Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI). DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 64 anos, com diagnóstico prévio de insuficiência cardíaca secundária a infarto agudo do miocárdio, foi admitido com queixa de palpitação. Realizado Eletrocardiograma que evidenciou Taquicardia Ventricular. (Figura 1) Paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória, sendo realizado um ciclo de reanimação cardiopulmonar, com retorno à circulação espontânea após desfibrilação. Durante o internamento, foi realizado Ecocardiograma, o qual apresentou hipocinesia global do ventrículo esquerdo e Fração de Ejeção de 30%. O paciente permaneceu internado por 14 dias após a implantação de um Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI), obtendo melhora clínica significativa, e seguindo em acompanhamento ambulatorial. DISCUSSÃO: Estudos documentam a efetividade do uso do CDI em restringir o risco de TVs e MS em pacientes de elevado risco, quando comparado aos antiarrítmicos. Dentre as indicações para a implante de CDI destacam-se o risco estatístico e o status clínico do paciente. Assim, têm-se que a indicação Classe I (Alto risco) para o CDI se baseia em critérios como: sobreviver a uma PCR devido FA ou TVS com instabilidade hemodinâmica (FEVE <35%), como visto no paciente em questão que apresentava TVS e evento de PCR, junto a IC e FEVE<30%. As Classes IIa e IIb referem-se aos de risco intermediário com possível indicação de CDI, e a III de baixo risco, sem indicação de CDI. CONCLUSÃO: A análise desses fatores para a intervenção com o CDI é de extrema importância para evitar a progressão da doença, pois em pacientes com insuficiência cardíaca, o benefício do CDI reside na capacidade de intervir direta e automaticamente no evento que se estima ser responsável pela morte da metade dos pacientes com essa doença, a morte súbita por arritmia ventricular e, além disso, melhorar a sobrevida dos pacientes em uma relação de 48% a 78% do seguimento na terapia.

Palavras-chave (de 3 a 5)

Insuficiência Cardíaca Congestiva; Taquiarritmia; Morte súbita; Parada Cardiorrespiratória; Eletrocardiograma.

Área

Intervencionista

Autores

GABRIEL VITOR LOPES DA SILVA, VICTORIA BIANCA VIANA HOLANDA, CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA, ANA CAROLINA BRITO DE ALCANTARA, BEATRIZ VIANA SOUTO DA SILVA, ÉRICA UCHOA HOLANDA, VITÓRIA JANNYNE GUIMARÃES DE SOUSA ARAÚJO, RAFAEL NOGUEIRA DE MACEDO