Dados do Trabalho

Título

PANORAMA DA INSUFICIENCIA CARDIACA NO BRASIL: ESTUDO EPIDEMIOLOGICO NOS ULTIMOS 10 ANOS

Resumo estruturado

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é a via final comum da maioria das doenças que acometem o coração, sendo um dos mais importantes desafios clínicos atuais na área da saúde (Bocchi,2009). Com efeito a doença possuiu uma elevada mortalidade e morbidade no pais, tendo como principais causas a doença arterial coronariana e a hipertensão arterial, que são patologias com relação direta ao estilo de vida. Portanto, o manejo dos hábitos dos pacientes deve ser analisado com cautela pelos profissionais da saúde. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, com coleta de dados obtidos Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), durante o período de janeiro de 2009 a janeiro de 2019, utilizando as variáveis faixa etária, região, óbitos, internações e taxa de mortalidade. RESULTADOS: Segundo dados do DATASUS, entre o período de março de 2009 a março de 2019, houve um total de 979.584 internações na região Sudeste e de 556.849 na região Nordeste em comparação com as regiões de menor prevalência, no caso a região Norte (123.775) e a região Centro-Oeste (173.394), notando-se, também, uma leve prevalência no sexo masculino (1.204.292) em relação ao sexo feminino (1.143.657). No que tange aos óbitos na região Sudeste (110.955), notou-se um predomínio em relação às outras regiões, as quais possuem 51.079 óbitos (Nordeste), 42.630 (Sul), 15.669 (Centro-Oeste) e 11.871 (Norte). Observa-se, também, uma pequena diferença em relação ao sexo, sendo o número de óbitos maior no sexo feminino (116.562), em relação ao sexo masculino (115.642). Em relação à taxa de mortalidade, observou-se uma taxa maior na região Sudeste (11,33) e em seguida na região Norte (9,59), comparando-se com as de menor valor, a região Sul (8,29) e a Centro-Oeste (9,04). Concomitantemente a este dado, foi visto, também, que há uma taxa de 9,6 no sexo masculino e uma taxa de 10,19 no sexo feminino. No que concerne aos óbitos por faixa etária, é mais prevalente na faixa de 80 anos e mais (75.637), visto que tende a aumentar com a idade. Em contrapartida, é observada uma menor prevalência na faixa de 5 a 9 anos, além dos óbitos serem mais prevalentes na região Sudeste (110.955) do que em outras regiões, como a região Norte (11.871). CONCLUSÃO: Portanto, percebe-se que a região Sudeste foi a que apresentou maior número de internações por insuficiência cardíaca (979.584), apresentando um valor que é quase o dobro da segunda região com mais internações, a região Nordeste (556.849). Já a respeito do número de óbitos, a região mais acometida foram também as regiões Sudeste (110.955) e a região Nordeste (51.079), enquanto que pelo âmbito do índice de mortalidade, a região Norte ocupou o segundo lugar (9,59) enquanto a região Sudeste se manteve a mais alta (11,33). Dessa forma percebe-se a importância de uma intervenção em saúde pública principalmente na região Sudeste, que foi a mais acometida em quase todos os âmbitos em estudo.

Palavras-chave (de 3 a 5)

insuficiência cardíaca, epidemiologia, sistema cardiovascular

Área

Clínico