25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

SARCOMA CARDIACO PLEOMORFICO: ENTIDADE RARA DENTRE OS TUMORES CARDIACOS – RELATO DE CASO.

Resumo estruturado

Introdução: As neoplasias malignas cardíacas são entidades raras, com incidência bastante reduzida e que frequentemente apresentam-se com quadro clínico inespecífico, podendo mimetizar outras condições. Correspondem a 25% dos tumores cardíacos, podendo ser primários ou metastáticos, e o diagnóstico é realizado com o auxílio de métodos de imagem. Arritmias, alterações no sistema de condução e outras complicações como isquemia por obstrução do fluxo coronariano podem ocorrer. Dentre os tumores malignos, o sarcoma de músculo cardíaco é o tipo histológico mais frequente, e apresenta comportamento agressivo, principalmente em sua forma pleomórfica, com potencial de disseminação e invasão local, bem como alta taxa de recorrência. O tratamento se dá através da exérese da lesão associada a radio e quimioterapia.
Resultados / Discussão: Relata-se caso de paciente de 44 anos que iniciou subitamente quadro de tosse e palpitações. Após 3 dias evoluiu com piora do quadro e procurou atendimento médico em pronto-atendimento de hospital de referência apresentando sinais clínicos de insuficiência cardíaca descompensada e ao eletrocardiograma evidenciou-se Flutter Atrial de alta resposta ventricular. Ecocardiograma evidenciou aumento importante do átrio esquerdo, função biventricular preservada e massa atrial de ecotextura heterogênea, medindo 7,7 x 1,5 cm, fixa ao septo interatrial, adentrando o ventrículo esquerdo e determinando obstrução ao fluxo da mitral, sugerindo mixoma atrial. Foi submetido a exérese de tumor cardíaco, executado com dificuldade técnica e possivelmente com resíduo tumoral in loco. Histopatológico compatível com sarcoma pleomórfico. Evoluiu após a cirurgia com bradiarritimia, necessitando de marca-passo, e com proposta de seguimento em centro oncológico.
Conclusão: Os tumores cardíacos malignos são entidades raras, porém o diagnóstico deve ser realizado precocemente devido o alto potencial de disseminação e de complicações associadas. A cirurgia isoladamente não previne o risco de recorrências, e deve ser associada a radio e quimioterapia para o tratamento.

Palavras-chave (de 3 a 5)

Tumor Cardíaco, Sarcoma, Neoplasia

Área

Clínico

Autores

Ingrid Alves de Freitas, Larissa Chagas Corrêa, Juliana de Freitas Vasconcelos Sugette, Glaylton Silva Santos, Suellen Maria de Sousa Rodrigues Maia, Pedro Alberto Martins Freire Filho, Rebeca Viana Brígido de Moura, Ane Karoline Medina Néri, Danielli Oliveira da Costa Lino