25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

CARDIOPATIAS CONGENITAS NA SINDROME DE DOWN – UMA REVISAO DE 307 CASOS NO CEARA

Resumo estruturado

A Síndrome de Down é uma das doença genéticas mais prevalentes no Brasil com cerca de 300 mil afetados e com incidência estimada em 1/600 nascidos vivos. Ela é caracterizada pela trissomia do cromossomo 21, sendo que 95% dos casos ocorrem por trissomia simples, 3% por translocação e 2% por mosaicismo. Embora existam inúmeras malformações em um paciente com trissomia do 21, a cardiopatia congênita está presente em aproximadamente 50% dos afetados e é um dos principais fatores de prognóstico quanto à sobrevida dos pacientes, sendo umas das principais causas de morbidade e mortalidade nos primeiros 2 anos de vida. Dentre as alterações cardíacas, as mais comuns são: comunicação interatrial, comunicação interventricular e defeito do septo atrioventricular total .Objetivamos com este trabalho Identificar as principais cardiopatias congênitas na Síndrome de Down em pacientes do Ceará.
Metodologia: Estudo quantitativo, seccional, transversal e descritivo a partir de revisão de prontuários médicos dos afetados com Síndrome de Down atendidos no Hospital Albert Sabin (Fortaleza–CE) entre 1995 a 2019. Para análise dos dados foi utilizado o Software Microsoft Excel.
Resultados: Foram consultadas 307 pacientes(181M;125F;1 I ) com a primeira consulta realizada com a idade média de 18 meses (máx:224,9;min:0,0), 10 68%) fizeram ecocardiograma com média de idade de 13 meses(máx:134,2;min:0,0), sendo desconsiderados 21 por não terem dado. 160 (76%) apresentaram alterações (93M;67F),principalmente, de forame oval patente 73(45%) (51M;22F), comunicação interatrial 52(32%) ( 14M;29F) e persistência do canal arterioso 39 (24%),(19M;20F) comunicação interventricular 35, defeito do septo atrioventricular 10 e 63(34M;29F) pacientes tiveram mais de 1 alteração.
Conclusão: O ecocardiograma deve ser prescrito a todos os recém nascidos com diagnóstico de Síndrome de Down , visto que , as cardiopatias congênitas têm alta prevalência. No Ceará , diferente de outras pesquisas em demais populações, o forame oval patente foi o mais prevalente, com a concomitância de mais de uma alteração cardíaca e a comunicação interatrial. Vale ressaltar , ainda, a alta média de idade para a realização do ecocardiograma e da primeira consulta , o que pode acarretar sérias consequências ao paciente, pois com o reconhecimento precoce da cardiopatia congênita pode ter um impacto positivo na qualidade de vida dos afetados

Palavras-chave (de 3 a 5)

Sindrome de Down . Cardiopatia congênita . Ecocardiograma

Área

Clínico

Autores

Francisco André Gomes Bastos Filho, Gabryel Castro Maia, Joana Amaral Acioly, Augusto César Cardoso Dos Santos, Henrique Gonçalves Campos, Sergio Rubens Lacerda Morais, Erlane Marques Ribeiro