25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

HIPERTENSAO ARTERIAL SISTEMICA(HAS): UMA ABORDAGEM EPIDEMIOLOGICA A RESPEITO DA COMPREENSAO DA DOENÇA, ACOMPANHAMENTO MEDICO, TRATAMENTO FARMACOLOGICO E CONTROLE DA DOENÇA EM CONTRASTE DE POPULAÇOES DE DISTINTOS NIVEIS SOCIOECONOMICOS DE FORTALEZA

Resumo estruturado

Fundamento: A prevalência da Hipertensão arterial sistêmica no Brasil (segundo Pesquisa Nacional de Saúde, PNS 2013, 21,4%, intervalo de 95% de confiança: 20,8%-22,0%) e a relação da doença com sua compreensão em cidadãos de bairros periféricos de menor renda (como elucida o artigo “A hipertensão arterial sob o olhar de uma população carente: estudo exploratório a partir dos conhecimentos, atitudes e práticas).
Objetivo: Estabelecer relação entre o nível socioeconômico com o conhecimento acerca da doença, da importância do acompanhamento médico regular, do tratamento farmacológico adequado e, por fim, com o controle da pressão arterial.
Material: Questionários baseados nos testes de Morinsky-Green, Hayne e Sackett, e de Batalla(Santos et al.,2006).
Método: Aplicação do questionário para dois extratos socioeconomicamente distintos da população fortalezense. Foram 39 questionários aplicados ao total em duas extensões acadêmicas realizadas pela Liga do Coração da Universidade federal do Ceará. Uma das extensões ocorreu na praça dos estressados (26 questionários) no bairro Beira-Mar (um dos maiores IDH de Fortaleza) e outro em ação junto ao Cáritas(associação de catadores de lixo) em um dos galpões de armazenamento localizado no bairro bom sucesso(uma das áreas periféricas de fortaleza) tendo, para o segundo grupo, 13 questionários respondidos.
Resultado: Das 13 pessoas entrevistadas no Cáritas, 6 relatam ter HAS(46,15%), dentre as quais somente 1 entende os medicamentos prescritos(16,6%). Já na praça dos estressados, dos 26 entrevistados, 22 são hipertensos(84,6%), dentre os quais 19 conheciam sobre os medicamentos receitados(86,36%%). No Cáritas, 7 pessoas não possuíam uma percepção acerca dos órgãos afetados em pacientes com HAS(53,8%), 8 pessoas não terminaram o ensino fundamental ou eram analfabetos(61,5%) e 6 pessoas não sabiam da cronicidade da HAS(46,15%). Em relação à praça dos estressados, 10 não apresentavam compreensão acerca dos órgãos afetados com a HAS(38,4%), 11 não concluíram o ensino fundamental ou são analfabetos(42,3%) e 7 não compreendiam a cronicidade da HAS(26,9%).
Conclusão: Os resultados obtidos evidenciam uma discrepância em relação à compreensão a respeito da HAS por parte das duas populações, o que é justificado pelos diferentes níveis socioeconômicos e de instrução. Apesar de os entrevistados na praça dos estressados apresentarem uma maior prevalência de HAS, a maioria conhecia os medicamentos receitados. Em contraste, os entrevistados do Cáritas possuíam um menor nível de escolaridade e dificuldade de acesso aos serviços de saúde, consequentemente, menor percepção acerca dos medicamentos.

Palavras-chave (de 3 a 5)

hipertensão, epidemiologia, tratamento, controle

Área

Intervencionista

Autores

jorge acioly, marcus vinícius , lucas matheus , nasliene dantas, carlos gustavo, leandro matos, clara rodrigues, calisto dantas, amanda madureira