25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

RELAÇAO ENTRE DISFUNÇAO RENAL E TEMPO DE INTERNAÇAO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA POR INSUFICIENCIA CARDIACA DESCOMPENSADA

Resumo estruturado

Fundamento: A insuficiência cardíaca (IC) consiste-se em uma síndrome clínica de acometimento multisistêmico, culminando com aumento de internações em regime hospitalar e redução da qualidade e expectativa de vida. Neste contexto, a falência da função renal é um processo concomitante frequente em pacientes internados por descompensação aguda de IC. Objetivos: Avaliar a linearidade entre o grau de disfunção renal e aumento no período de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) em pacientes admitidos por descompensação de quadro de IC crônica. Material ou Paciente: Estudo de caráter transversal, realizado em pacientes internados nos serviços de UTI de um hospital terciário referência em doenças cardiovasculares na região Norte do Ceará. Métodos: Foram analisados um total de 160 pacientes, no período de 1 de abril a 31 de dezembro de 2017, para os quais foi calculado o ritmo de filtração glomerular estimado (RFG-e) por meio da fórmula de Cockroft-Gault e posteriormente rotulados em 5 estágios em conformidade com os valores obtidos (Estágios 1 a 5). Por subsequente foi feito o acompanhamento do tempo total de permanência em UTI. A comparação entre as variáveis categóricas, foi realizada pelo teste de x² de Pearson, enquanto que para a comparação das médias entre grupos utilizou-se o teste t de Student. O cálculo de significância estatística foi feito com base no programa Epi Info 7.1.5. Considerou-se nível de significância de p<0,05. Resultados: Pacientes com RFG-e > 90ml/min (estágio 1), permaneceram, em média, 4,1 dias em UTI (p<0,01); enquanto que a permanência média de internação nos estágios 2 (RFG-e 60-89ml/min) e 3 (RFG-e 30-59ml/min), foi de 4,75 (p<0,01) e 4,86 dias (p<0,01), respectivamente. Nos casos com função renal extremamente comprometida (RFG-e <30ml/min), evidenciada nos estágios 4 e 5, as respectivas médias de permanência foram de 5,85 (p<0,01) e 5,89 dias (p<0,01). 71,29% dos pacientes em estágios 4 e 5 passavam mais de 4 dias internados, enquanto que 50,4% dos casos com RFG-e ≥30ml/min (estágios 1,2 e 3) apresentaram internação superior a 4 dias. Conclusão: Em decorrência dos resultados apresentados, infere-se que a disfunção renal é um fator determinante para o tempo de internação em UTI, sendo este proporcional à piora da função dos rins.

Palavras-chave (de 3 a 5)

DISFUNÇÃO RENAL, INSUFICIÊRNCIA CARDÍACA, TERAPIA INTENSIVA

Área

Clínico

Autores

GABRIEL DE LUCAS PERES, BRENO COTRIM REIS, GABRIEL LUAN BATISTA DE ÁVILA, ANTÔNIO LUCAS DE ALBUQUERQUE SABÓIA, JHONYSON ANTÔNIO OLIVEIRA MARQUES, VANESSA TAVARES ARAGÃO, CAMILA DE OLIVEIRA GREGÓRIO, LEANDRO CORDEIRO PORTELA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO