25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

RELAÇAO ENTRE MORTALIDADE E A FRAÇAO DE EJEÇAO EM PACIENTES COM INSUFICIENCIA CARDIACA INTERNADOS EM HOSPITAL TERCIARIO NO INTERIOR DO CEARA

Resumo estruturado

Fundamento: A insuficiência cardíaca (IC) é uma complexa síndrome cardiovascular com elevada prevalência, sendo que seu quadro clínico frequentemente é associado à dilatação do ventrículo, à diminuição da contratilidade e remodelamento ventricular esquerdo. Os modelos fisiopatológicos conhecidos são de dois tipos: a insuficiência cardíaca com disfunção sistólica (ICDS) e a insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP). Estudos epidemiológicos na comunidade mostram que a ICFEP é responsável por aproximadamente metade dos casos e é vista como uma doença de menor gravidade, dados atuais mostram sua importância clínica pelo incremento na mortalidade anual de 5% a 8%. Objetivo: O presente trabalho objetiva associar a mortalidade com a fração de ejeção (FE) em pacientes com IC internados em unidade de terapia intensiva. Material ou Paciente: Trata-se de um estudo analítico e transversal, de pacientes com IC, internados em Hospital de referência em doenças cardiovasculares no interior do Ceará. Foram avaliados 231 pacientes no período de abril de 2018 a março de 2019. Métodos: Foram colhidas as informações por meio de um banco de dados baseado em informações sequenciais de prontuários, sendo os pacientes estratificados pelo valor da FE encontrado no ecocardiograma, respeitando a classificação da Diretriz de Insuficiência Cardíaca 2018, onde FEVE ≥ 50% é normal, de 40 a 49% é disfunção leve, < 40% é disfunção importante. Em seguida, os pacientes foram separados de acordo com seu grau de disfunção e foi analisado a taxa de mortalidade de cada grupo. Resultados: Dos 23 pacientes internados por descompensação aguda do quadro de insuficiência cardíaca congestiva que evoluíram para óbito, com 16 pacientes apresentaram fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida (< 40%), 5 apresentaram fração de ejeção intermediária (40-49%) e em apenas 2 pacientes foi detectada fração de ejeção preservada (> 50%). Conclusão: A partir dos dados coletados dos prontuários, é possível observar que destes 23 pacientes estudados, 69,56% apresentavam fração de ejeção reduzida, 21,73% apresentavam fração de ejeção intermediária e 8,69% foram avaliados com fração de ejeção reduzida. Portanto, nesses pacientes, a prevalência de morte foi significantemente maior nos pacientes com fração de ejeção reduzida.

Palavras-chave (de 3 a 5)

fração de ejeção, mortalidade, insuficiência cardíaca

Área

Clínico

Autores

GABRIEL MAGALHÃES TOQUARTO, BRENO COTRIM REIS, JHONYSON ANTÔNIO OLIVEIRA MARQUES, CRISLAY MARIA PEREIRA FONTENELE, DIULIO DA SILVA PORTELA, NATANAEL PONTE DE OLIVEIRA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, LEANDRO CORDEIRO PORTELA, FERNANDO FURTADO DE MELO NETO