25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

FIBRILAÇAO ATRIAL COMO FATOR PREDITOR DE MORTALIDADE INTRA-HOSPITALAR EM PORTADORES DE INSUFICIENCIA CARDIACA DESCOMPENSADA COM PERFIL HEMODINAMICO FRIO/CONGESTO

Resumo estruturado

Fundamento: A fibrilação atrial (FA) é a manifestação arritmogênica mais frequente em portadores de insuficiência cardíaca (IC). A descompensação de quadro crônico configura-se como importante causa de morbimortalidade nessa síndrome, com significativo impacto socioeconômico. Objetivos. Avaliar o impacto da FA sobre as taxas de mortalidade por IC descompensada com perfil hemodinâmico de pior prognóstico (perfil frio/congesto ou perfil C) em unidade de terapia intensiva (UTI). Material ou Paciente: Estudo transversal, com 328 pacientes admitidos em hospital cardiológico por descompensação de quadro de IC, com perfil C à admissão, no período de 01 de agosto de 2016 a 30 de dezembro de 2018. Métodos: As informações foram coletadas diretamente dos prontuários dos pacientes. Foi escolhido o perfil C por sua maior gravidade e correlação com FA. Inicialmente foram eliminados do estudo os portadores de diabetes melito, infarto do miocárdio prévio e doença renal em estágio terminal (totalizando 132 pacientes), por tais condições associarem à maiores índices de mortalidade, podendo mascarar os resultados finais do estudo. Os 196 pacientes remanescentes foram estratificados em grupos com e sem FA, sendo analisadas a evolução e desfecho dos mesmos durante permanência em UTI. As variáveis categóricas foram descritas por meio de frequências absolutas e relativas, e as variáveis contínuas descritas com média e desvio padrão. Para a comparação entre as variáveis categóricas, utilizou-se o teste de x² de Pearson. A comparação das médias entre grupos foi feita através do teste t de Student, enquanto que para cálculo dos dados e de significância estatística utilizou-se o programa epiinfo, utilizando nível de significância de p <0,05. Resultados. Da amostragem estudada, contendo 196 pacientes, 56 (28,57%) apresentaram FA, sendo a mortalidade em número absoluto de 15 (26,79%). No grupo sem FA, o número absoluto de óbitos foi de 23 (16,42%), de um total de 140 pacientes. Valor encontrado para p <0,015. Conclusão. Pôde-se constatar que a FA influi diretamente em maiores taxas de mortalidade quando em pacientes com perfil crítico à internação, representando acréscimo aproximado em 10% nos índices de óbito. Diante disso, convém salientar a importância da correta abordagem terapêutica em pacientes com quadro crônico de IC, especialmente se descompensações episódicas frequentes.

Palavras-chave (de 3 a 5)

FIBRILAÇÃO ATRIAL, MORTALIDADE, INSUFCIÊNCIA CARDÍACA

Área

Clínico

Autores

PAULO CARVALHO XIMENES DE ARAGÃO, BRENO COTRIM REIS, LEANDRO CORDEIRO PORTELA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, GABRIEL LUAN BATISTA DE ÁVILA, JHONYSON ANTONIO OLIVEIRA MARQUES, VANESSA TAVARES ARAGÃO