25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

INTERVENÇAO CORONARIANA PERCUTANEA RELACIONADA A AUMENTO DO RISCO DE DOENÇA RENAL CRONICA EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Resumo estruturado

Introdução: A Insuficiência Renal (IR) é uma síndrome clínica caracterizada por decréscimo da função renal com acúmulo de metabólitos e eletrólitos no organismo. Define-se por uma redução na taxa de filtração glomerular (TFG), com subdivisão em aguda e crônica, em vista do tempo de desenvolvimento. São classificados como grupo de risco para o desenvolvimento da IR: diabéticos, hipertensos, portadores de doenças cardiovasculares, história familiar de insuficiência renal, portadores de outras doenças renais e, ainda, aqueles submetidos a procedimentos invasivos contrastados. Objetivo: Estimar e analisar a função renal pela taxa de filtração glomerular (TFG) em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) que já foram submetidos à intervenção coronariana percutânea (ICP). Método: Estudo retrospectivo, analítico e transversal, com análise de 255 prontuários de um hospital terciário com coleta dos dados: histórico de ICP, sexo, cor da pele, idade e o primeiro valor de creatinina sérica após admissão hospitalar. Estimou-se a TFG (mL/min/1.73m²) a partir do The CKD-EPI Creatinine Equation (2009) com conseguinte divisão em 5 grupos, referentes aos estágios de doença renal crônica (National Kidney Foundation). Utilizou-se o Epi Info, versão 7,0 a fim de identificar significância estatística (p<0,05). Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú, sob o Protocolo n 1.957.872, Resolução nº 466. Resultados: 27 pacientes foram excluídos por dados insuficientes. Dos 228 incluídos, 84 (36,8%) já foram submetidos à ICP. Destes, 4,8% possuíam TFG maior ou igual a 90, contra 38,06% dos pacientes não submetidos. Além disso, 28,6% possuíam TFG entre 60 e 89; 49,9% entre 30 e 59; 14,3% entre 15 e 29 e apenas 2,44% com TFG menor que 15 no grupo submetido à ICP. Nos isentos de ICP, 21,4% possuíam TFG entre 60 e 89; 26,3% entre 30-59; 10,04% entre 15 e 29 e apenas 4,2% possuíam TFG menor que 15. Em termos gerais, tomando a TFG<90 como corte para disfunção renal, obteve-se um risco nos expostos à ICP de 95.24% e em não expostos de 61.94%, diferença de risco de 33.29% (IC95%), p<0,01. Conclusão: ICP prévia mostrou ser fator de risco para IR, em concordância com as evidências. Estudos em UTI têm demonstrado o alto índice de mortalidade de pacientes com IRA, muitos de início pós-internação, acometendo principalmente pessoas com comorbidades e doentes críticos.

Palavras-chave (de 3 a 5)

CATETERISMO, INSUFICIÊNCIA RENAL, DAC

Área

Intervencionista

Autores

LARA VIANA DE PAULA CABRAL LARA CABRAL LARA CABRAL, CAMILA TELES NOVAIS, BRENO COTRIM REIS, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, jhonyson antomio OLIVEIRA MARQUES