25° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

ANALISE DO RISCO DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM PACIENTES INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: O Tromboembolismo Venoso (TEV) é considerado uma associação de doenças que inclui a Trombose Venosa Profunda (TVP), devido a cateteres venosos e centrais, o Tromboembolismo Pulmonar (TEP) representa a complicação de maior gravidade. O Enfermeiro exerce um papel de grande importância no que se refere à evolução clínica do paciente, sendo essencial o conhecimento desse profissional acerca dos fatores de risco para TEV, os primeiros sinais da doença, o sangramento decorrente do uso de anticoagulantes utilizados na terapêutica, devido ao processo de reabilitação em pacientes que estão em tratamento. A assistência de enfermagem fundamentada na utilização dos protocolos como ferramenta para a profilaxia dessa doença, possibilitando a prevenção de comorbidades na UTI. OBJETIVO: Analisar o risco de tromboembolismo venoso nos pacientes submetidos a cuidados intensivos em um hospital universitário de Fortaleza-Ce. MÉTODOS: Trata-se de um estudo documental, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa. Realizado no período de julho a outubro de 2015, nas UTIs clínica e pós-operatória de um Hospital Universitário localizado em Fortaleza-CE. O presente estudo foi submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e, após aprovação, o parecer foi encaminhado à gestão da instituição para autorização do início da coleta (Protocolo 1.117.425). RESULTADOS: Mais de 50% dos pacientes eram do sexo masculino e que a média de idade foi de 57,69 com variação entre 17 e 84 anos. Apenas 3,8% dos participantes apresentaram episódio de TEV durante a internação atual, mais de 50% possuíam diagnóstico cirúrgico e 85,8% da população total do estudo foram considerados como sendo de alto risco para o desenvolvimento dessa doença. Em relação às condutas terapêuticas, 45,3% realizaram apenas profilaxia mecânica, 5,7% fizeram uso apenas de medicamentos e 12,3% não possuíam nenhum tipo de profilaxia prescrita. Os fatores de risco para TEV mais prevalentes entre os pacientes clínicos participantes deste estudo foram: cateteres centrais com 79,0% respectivamente. Neste grupo, os fatores: infecção e doença respiratória grave também apresentaram porcentagens significativas de quase 50%. Os fatores incluídos em Outros foram: varizes/ Insuficiência venosa; ICC classe III ou IV; história prévia de TEV; câncer; IAM; doença inflamatória intestinal, os quatro primeiros com 4,6% e os dois últimos com 2,3% respectivamente. CONCLUSÃO: Com isso, percebe-se que apesar de os benefícios da trombo profilaxia serem amplamente comprovados na literatura, ainda é algo que não é praticada por muitos profissionais de saúde de forma satisfatória, tanto em relação à pacientes clínicos como cirúrgicos. Portanto, a implementação de programas de educação permanente, protocolos específicos para avaliação do risco de TEV com avaliação de indicadores mensais e conscientização dos profissionais envolvidos no cuidado podem ser medidas importantes para adequada profilaxia dessa doença.

Palavras-chave (de 3 a 5)

Trombose; Unidades de Terapia Intensiva; Embolia

Área

Clínico

Autores

Vanessa Vieira de Sousa, Joab Silva Mesquita, Ticiana Barros de Sousa Almeira, Alanna Tavares Pedroza, Francisco Elton Jones Arruda da Silva, Katiuscia Augusto Peixoto