29º Congresso Cearense de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

HIPERTROFIA CONGÊNITA DO EPITÉLIO PIGMENTAR DA RETINA: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de hipertrofia congênita do epitélio pigmentado da retina em consulta oftalmológica no Instituto Cearense de Oftalmologia.

Relato do Caso

Paciente feminino, 55 anos, parda, casada, natural e procedente de Fortaleza, compareceu com queixa de tumor em pálpebra superior esquerda há 2 meses. Ao exame oftalmológico apresenta acuidade visual corrigida 20/20 em ambos os olhos (AO); motilidade ocular extrínseca preservada AO; a biomicroscopia em olho direito (OD): sem alterações e em olho esquerdo (OE): pálpebras com nódulo fibroelastico em tarso superior e anexos sem alterações, conjuntiva calma, córnea transparente, íris trófica, fácica; pressão intraocular 18mmHg AO; fundoscopia OD: nervo óptico corado, bordas nítidas e regulares, escavação 0,30 x 0,30, relação artério-venosa preservada, mácula sem alterações, presença de múltiplas lesões hiperpigmentadas ovaladas e agrupadas, bem delimitadas e de aspecto plano em periferia, retina aplicada 360°. OE: nervo óptico corado, bordos nítidos, regulares, escavação 0,30 x 0,30, relação artério-venosa preservada, mácula sem alterações e retina aplicada 360°. Realizado exames complementares: retinografia colorida- imagem do polo posterior sem alterações AO; retinografia colorida estendida (widefield) e red free- evidenciando múltiplas áreas de hipertrofia do epitélio pigmentar da retina em olho direito e olho esquerdo sem alterações; angiografia fluorescente- imagens hipofluorescentes com discreto halo hiperfluorescente em áreas correspondentes as lesões encontradas nos demais exames; na ultrassonografia em modo B sem alterações AO.

Conclusão

A hipertrofia congênita do epitélio pigmentado da retina pode ser um marcador subclínico importante na detecção da polipose adenomatosa familiar, sendo assim, um método de rastreio em familiares de pacientes portadores desta patologia. Os principais diagnósticos diferenciais são: cicatriz coriorretiniana por processo inflamatório/infeccioso, nevus de coroide, hamartomas e lesões neoplásicas. A patologia não cursa com comprometimento visual e os exames complementares auxiliam no diagnostico e seguimento.

Área

Geral

Instituições

Fundação de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos - Ceará - Brasil, Instituto Cearense de Oftalmologia - Ceará - Brasil

Autores

MARCELO PARAIBA CAVALCANTI, Anyssa Brilhante Aires Montenegro, Paulo José Roma Dias