29º Congresso Cearense de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

Síndrome do Ápice Orbitário bilateral pós trauma – Um relato de caso

Objetivo

Descrever uma síndrome de oftalmoplegia que caracteriza-se por ptose, proptose, oftalmoplegia interna e externa, prejuízo funcional da primeira divisão do nervo trigêmeo (nervo oftálmico) e graus variados de diminuição da acuidade visual.

Relato do Caso

Paciente, 10º DIH, deu entrada na Emergência da Santa Casa de Misericórdia de Sobral vítima de acidente automobilístico, colisão carro-carro, de alta cinética, apresentando franca rinorragia, glasgow 11 (O-1/V-4/M-6), edema frontal e cervical direito, além de hematoma palpebral bilateral e amaurose. Internado na UTI por 09 dias, onde permaneceu com cefaleia holocraniana intensa, paralisia da motricidade ocular extrínseca (MOE), persistência do hematoma palpebral bilateral e amaurose, associado a ptose palpebral bilateral. Encaminhado para o Setor de Neurologia deste Serviço, persistiu com o quadro supracitado, revelando melhora da acuidade visual, evoluindo com turvação visual e perda da classificação de cores. Após isso, recebeu Alta Hospitalar no dia 24/01/2017, com manutenção do quadro clínico. Dia 30/01/2017, retornou à emergência com história de rebaixamento do sensório, febre e rigidez de nuca, sendo novamente internado. Atualmente segue com melhora do quadro, mas apresenta paralisia da MOE, ptose palpebral bilateral e melhora da acuidade visual, evoluindo com visão monocular preferencial. Paciente nega astenia, adinamia e apatia, mas refere perda de peso (80-73KG), predominantemente, massa muscular. Exame oftalmológico não realizado, pois não haviam outras queixas que justificassem o mesmo.

Conclusão

A SAO é uma complicação extremamente rara no contexto individual e associado a TCE, as imagens de TC nos confirmam a natureza traumática da lesão e consequentemente, seu prognóstico mais reservado. Medidas como fisioterapia ocular e sintomáticos, bem com acompanhamento oftalmológico são necessários e essenciais para melhora do quadro de imobilidade. Paciente recebeu alta hospitalar e segue em acompanhamento ambulatorial.

Área

Geral

Autores

WYLSTON DE MORAES CALDAS FILHO, Jose Ribamar Fernandes Filho, Franco Bieh Dantas Sousa