Dados do Trabalho

Título

ESTRIAS ANGIOIDES EM PACIENTE ATENDIDA NA FUNDAÇÃO LEIRIA DE ANDRADE: RELATO DE CASO

Objetivo

O objetivo desse trabalho é relatar um caso de uma paciente atendida no ambulatório da Fundação Leiria de Andrade, que foi diagnosticada com Estrias Angioides e membrana neovascular cicatrizada em região macular de ambos os olhos.

Relato do Caso

M.F.S.A, 40 anos, casada, procedente de Paraipaba/CE, compareceu ao nosso serviço com quadro de baixa acuidade visual progressiva em ambos os olhos, há 6 meses. Negava diabetes e hipertensão, além de história familiar de glaucoma. Negava ainda trauma e cirurgias oculares. Ao exame oftalmológico, apresentava motilidade ocular preservada; acuidade visual, com a melhor correção, de conta dedos a dois metros em olho direito (OD) e em olho esquerdo (OE) e biomicroscopia sem alterações significativas. Na fundoscopia, foram observadas lesões lineares marrom-acinzentadas, com margens serrilhadas irregulares, ao redor da cabeça do nervo óptico e no polo posterior em OD e OE, típicas de EA, e alterações na região macular, compatíveis com membranas neovasculares cicatrizadas. Assim, paciente foi orientada sobre o prognóstico visual, uma vez que já apresentava complicações do quadro inicial.

Conclusão

Estrias Angioides caracterizam-se por lesões lineares marrom-acinzentadas dispostas de forma radial a partir do nervo óptico e que representam roturas da membrana de Bruch secundárias a uma fragilidade de seu tecido elástico. Concluímos, por sua vez, que o prognóstico visual de um paciente com Estrias Angioides dependerá de suas complicações, em especial da neovascularização coroideana, já que no início a doença é assintomática. Nos casos de neovascularização coroideana em formação, o tratamento baseia-se na utilização de agentes antiangiogênicos ou na fotocoagulação (se lesões extrafoveais).

Área

Geral