29º Congresso Cearense de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

DOENÇA DE COATS NO ADULTO: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de Doença de Coats em homem adulto hígido

Relato do Caso

FQA, masculino, 53 anos, pardo, natural e procedente de Barroquinha – CE, procura o Hospital de Olhos Leiria de Andrade queixando- se de diminuição acentuada da visão em olho direito há 8 meses. Negou comorbidades, cirurgias ou traumas oculares, além de uso de medicações tópicas ou sistêmicas. Desconhecia casos semelhantes na família.
Ao exame oftalmológico, apresentava movimentação ocular extrínseca preservada em ambos os olhos e ausência de desvios de fixação. Acuidade visual, com melhor correção, conta dedos a 1,5m em olho direito e 20/30 em olho esquerdo. Biomicroscopia bilateralmente sem alterações. Exame de fundoscopia revelou presença de telangiectasias e de lesão exsudativa intrarretiniana em região central de polo posterior e periferia inferior, em olho direito. Olho esquerdo não apresentava alterações.
Após realização de exames de imagem, observou –se áreas de hiperfluorescência puntiformes e difusas à angiofluoresceinografia. Tomografia de coerência óptica mostrou interface vítreo-retiniana irregular, depressão foveal com espessuras foveal e perifoveal alteradas por lesões císticas e degenerações intra-retinianas, associado ainda a lesão subretiniana cicatrizada, sugerindo cicatriz disciforme ou lesão granulomatosa.
Paciente segue seguimento ambulatorial, em conduta expectante.

Conclusão

A doença de Coats é uma anormalidade congênita, idiopática, não hereditária, além de rara em adultos, que apresentam, em geral, envolvimento menos extenso, curso natural benigno e boa resposta ao tratamento Dessa forma, o diagnóstico precoce é de fundamental importância, objetivando o combate as telangectasias, com posterior resolução da exsudação, evitando assim, complicações severas, como o glaucoma neovascular

Área

Geral

Autores

MARIANA CALIOPE GONÇALVES, SAMILLE RODRIGUES COSTA, ALINE BARBOSA PINHEIRO BASTOS