Dados do Trabalho

Título

Diagnóstico de Adenoma Hipofissário por Campo Visual e Ressonância Magnética: Relato de caso

Objetivo

Ressaltar diagnósticos diferenciais, como o adenoma hipofisário, que afetam o trato óptico com alterações do campo visual.

Relato do Caso

Paciente, 39 anos, sexo masculino, com histórico de perda visual no olho esquerdo sem diagnóstico definitivo há um ano aproximadamente, compareceu ao consultório com queixa de baixa da acuidade visual no olho direito (OD), mais precisamente de hemicampo temporal. Acuidade visual, do olho direito 20/70, sem melhora com refração, e em olho esquerdo sem percepção luminosa. Biomicroscopia revelou: OD ausência de hiperemia, córnea transparente, câmara anterior formada, sem reação de câmara , reflexo fotomotor presente; Olho esquerdo: ausência de hiperemia, córnea transparente, câmara anterior formada, sem reação de câmara, sem reflexo fotomotor. Fundoscopia: OD: papila hipocorada com escavação fisiológica, mácula sem alterações e OE: papila pálida escavação fisiológica, mácula sem alterações, ausência de lesões ou placas exudativas;. Pressão intraocular: 18/20 mmHg.
Aventada a possível lesão do trato óptico, solicitou-se campo visual do OD e ressonância magnética de crânio com contraste.
Ao retorno com os exames, foi confirmado no campo visual um escotoma temporal. A ressonância magnética revelou grande adenoma hipofisário, com sinais de apoplexia, que estava causando a compressão do quiasma óptico e o assoalho do III ventrículo. O paciente foi prontamente encaminhado ao serviço de neurologia.

Conclusão

O adenoma hipofisário apresenta íntima relação com o quiasma óptico pela sua localização anatômica na cela túrcica. Faz diagnóstico diferencial com craniofaringioma e meningioma, estes com menor prevalência. Na suspeita clínica de lesão do trato óptico, com alterações campimétricas, é importante a realização do campo visual e da ressonância magnética para o diagnóstico diferencial.

Área

Geral