Dados do Trabalho

Título

CARCINOMA ESPINOCELULAR DE CONJUNTIVA: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever o caso de um paciente portador de carcinoma espinocelular (CEC) em conjuntiva, tratado por exérese da lesão e aplicação de colírio de mitomicina a 0,02%.

Relato do Caso

Paciente M.R.V, sexo masculino, 54 anos, chega ao consultório com queixa de desconforto ocular devido à reação inflamatória e crescimento de uma massa no olho direito há 4 meses, associado a lacrimejamento, hiperemia, baixa da acuidade visual. À biomicroscopia, apresentava área com lesão vegetante, ricamente vascularizada, originando-se na conjuntiva e direcionando seu crescimento sobre a córnea (fig. 1). Em novembro de 2017, foi realizada a ressecção do tumor e da região conjuntival afetada, próxima ao limbo, com margem de segurança de cerca de 4 mm. A peça retirada foi encaminhada para a realização do estudo histopatológico, em que foi confirmada a suspeita de CEC. Foi escolhida como opção terapêutica pós-excisão cirúrgica a mitomicina colírio a 0,02%, sendo realizada a aplicação de 1 gota 4 vezes ao dia, durante 15 dias. Essa terapêutica foi repetida em um segundo ciclo. Paciente teve um pós-operatório bem sucedido (fig. 2), sem surgimento de recidivas ou complicações, tendo uma grande melhora da acuidade visual e dos outros sintomas.

Conclusão

Interferon tópico atualmente é utilizado no tratamento pós ressecção ou como monoterapia nos casos menos avançados de CEC para evitar cirurgia e suas complicações, tais como cicatrizes córneoconjuntivais, “melting” córneo-escleral e formação de membrana retrocorneana. Entretanto, se utilizada de forma segura, a mitomicina C associada à ressecção completa da lesão com margens de segurança ainda é uma boa opção. Exames de seguimento periódicos são necessários para se detectarem possíveis recorrências.

Área

Geral