29º Congresso Cearense de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

Drusas familiares: o impacto na acuidade visual - relato de caso

Objetivo

Relatar caso de drusas familiares, demonstrar o impacto dessa doença na acuidade visual do paciente, contribuir para a divulgação dessa condição à classe médica e auxiliar a outros médicos atender a possível demanda.

Relato do Caso

Paciente E. G. S, feminino, 62 anos, veio à Escola Cearense de Oftalmologia a fim de renovar receita de óculos e negou qualquer outro sintoma ocular como dor, hiperemia ou secreção. Em investigação, revelou não ter antecedentes pessoais de HAS e DM; como também negou uso de medicação continuada, demais patologias sistêmica, história familiar de glaucoma e antecedente de cirurgia ou trauma ocular. Ao exame oftalmológico, apresentou acuidade visual (AV), com a melhor correção, 20/20 em ambos os olhos (AO). Em relação à biomicroscopia do segmento anterior, apresentou dermatocalase,, pterígio nasal grau I, facico com opacificação leve em AO. Ao exame do fundo de olho, constatou-se presença de múltiplas drusas difusas nos quatro quadrantes em AO. Ao exame de retinografia colorida, evidenciamos opacidade leve de meios em AO; retina aplicada em AO; presença de lesões hipocoradas sugestivas de drusas duras difusas em AO. A OCT demonstrava a presença de depósitos hiperrrefletivos sob o epitélio pigmentar da retina (EPR) sugestivos de drusas, associado ao deslocamento drusenoides difusos de EPR.

Conclusão

Drusas familiares constitui uma doença rara relacionada com o aparecimento de depósitos drusiformes abaixo do EPR. Clinicamente se apresenta de forma bilateral e a AV é geralmente normal. No caso supracitado nesse artigo, o exame de fundo de olho com múltiplas drusas difusas, porém com AV preservada foi compatível com a clínica descrita na literatura sobre essa doença. O que demonstra que um paciente mesmo com um exame de fundo de olho alterado, não necessariamente repercutirá em comprometimento da AV. Estudos sugerem que os pacientes apresentam maior risco de alterações degenerativas na mácula durante o envelhecimento, demonstrando a necessidade de um acompanhamento clínico a longo prazo, a fim de evitar possíveis complicações.

Área

Geral

Autores

LYVIA GONÇALO DA SILVA, MANOEL GUSTAVO VASCONCELOS MIRANDA, FILIPE MOTA GONÇALO