29º Congresso Cearense de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE PACIENTES DIABÉTICOS NA PRIMEIRA AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA PARA RETINOPATIA DIABÉTICA NA ATENÇÃO SECUNDÁRIA EM FORTALEZA

Método

OBJETIVOS: Dimensionar as taxas de prevalência e o estágio de retinopatia diabética não proliferativa (RDNP) ou proliferativa (RDP) detectados na primeira avaliação fundoscópica em pacientes diabéticos, correlacionando-as com dados clínico-demográficos destes pacientes.
MÉTODOS: Estudo transversal, observacional, quantitativo, analítico e descritivo. Incluíram-se pacientes com diabetes mellitus (DM) tipo 1 e 2 submetidos pela primeira vez ao rastreio da RD e investigou-se a presença e o estágio da RD, o tempo de doença, o controle glicêmico e a presença de outras doenças. As variáveis analisadas foram idade, sexo, tipo de DM, tempo de doença, outras complicações e glicemia de jejum. Os dados foram obtidos por meio de formulário padrão e analisados por meio do software Microsoft Office Excel

Resultado

Um total de 113 pacientes foram avaliados, e 57,5% destes apresentava algum grau de RD no primeiro exame. A média de idade foi de 57,77 anos, variando de 10 a 84 anos, 57,52% era do sexo feminino e 78% dos pacientes eram provenientes de Fortaleza. A média de glicemia em jejum foi de 206,5, variando de 64 a 500. Dentre os portadores de RDNP, 23% eram diabéticos há menos de 5 anos, enquanto 68% há mais de 15 anos. Dos que não possuíam RD, 69% eram diabéticos há menos de 5 anos e 24% há mais de 15. Dos portadores de DM1: 47% possuíam RDNP e 11%, RDP; portadores de DM2: 48% possuíam RDNP e 9%, RDP.

Conclusão

Com isso, observa-se uma prevalência alta de RD na primeira avaliação a qual o paciente se submete, revelando um rastreamento inadequado. Um maior tempo de doença relacionou-se com maiores índices de RD, confirmando a importante relação do tempo de doença com a presença desta complicação diabética. Além disso, não houve diferença significativa nas taxas de RDNP e RDP entre portadores de DM1 e DM2 , como também entre os sexos. Porém houve grande variabilidade entre as medidas de glicemia em jejum dos pacientes, revelando inadequado controle glicêmico desta população estudada

Área

Geral

Autores

MARCIA BENEVIDES DAMASCENO, Juliana de Lucena Martins Ferreira, Ana Kamila Paiva de Souza, Deyzilene Cardoso Araújo, José Edvar Di Castro Junior, Yandra Mirelle Nogueira Alves