29º Congresso Cearense de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

EFEITO DA INSTILAÇAO TOPICA DE PEGAPTANIBE SODICO SOBRE A NEOVASCULARIZAÇAO CORNEANA INFLAMATORIA EM COELHOS

Método

Foram avaliados 29 coelhos brancos machos da raça Nova Zelândia. Os animais foram anestesiados e submetidos a eletro cauterização alcalina. Os coelhos foram selecionados aleatoriamente em quatros grupos de tratamento pós-cauterização: um grupo controle, consistindo de 11 coelhos que foram tratados com solução oftálmica de carboximetilcelulose sódica a 0,5%; um grupo prednisolona, consistindo em 6 coelhos que foram tratados com colírio de acetato de prednisolona a 1,0%; um grupo tratado com 0,5% de pegaptanibe, composto por 6 coelhos; e o ultimo grupo tratado com 1,0% de pegaptanibe, composto por 6 coelhos. Os tratamentos foram iniciados no dia da cauterização e continuados por 21 dias. Os animais foram avaliados nos dias 3,6,9,12,15,18 e 21 após a cauterização. Imagens da córnea incluindo a área de angiogênese foram então adquiridas de maneira padrão com uma câmera de vídeo acoplada a um microscópio cirúrgico transferindo dados para um microcomputador.

Resultado

Os parâmetros de angiogênese foram avaliados no grupo controle mostrando um período de intenso crescimento vascular até o dia 12, seguido por um período de estabilidade até o dia 21. No grupo prednisolona os valores foram constantes e menores (P<0,01). Em ambos os grupos pegaptanibe, houve evolução semelhante ao controle até o 15º dia, mas não foi encontrado diferença estatística nos dias subsequentes. A eficácia dos tratamentos em relação ao grupo controle foi expressa como efeito inibidor médio, o qual foi significativamente maior no grupo prednisolona do que nos grupos tratados com pegaptanibe a 0,5% e a 1,0%.

Conclusão

A análise da eficácia do tratamento dos 4 grupos revelou uma resposta anti-angiogénica estatisticamente significativa apenas no grupo prednisolona a 1,0%. A instilação tópica de de pegaptanibe sódico a 0,5% e 1,0% diluído em 15 mL de carboximetilcelulose sódica a 0,5% não promoveu efeito inibitório na neovascularização da córnea neste modelo de coelho.

Área

Geral

Autores

PAULO MATHEUS ARAUJO E SILVA, Domingos Savio Lima Paes, Breno Monteiro Bressan, Newton Andrade, Vagnaldo Fechine, João Crispim