Dados do Trabalho

Título

Correlação das lesões iniciais perimétricas glaucomatosas e ametropia.

Objetivo

Caracterizar os defeitos na perimetria automática segundo localização e frequência em pacientes com glaucoma inicial, buscando correlacionar com ametropia e anatomia do ângulo formado entre mácula e disco óptico.

Método

Foi avaliado campo visual de pacientes glaucomatosos com lesão perimétrica Humphrey , programa 24-2 e estratégia SITA, com MD <-6 dB, usando critérios de Anderson para considerar a presença de lesão em três setores: periférico, central e nasal. Foram excluídos pacientes com cirurgias prévias e com outras patologias oculares que afetem o campo visual. A medida do ângulo disco fóvea foi feita através do software imageJ baseado nas retinografias. Os dados foram avaliados estatisticamente.

Resultado

Dos 31 pacientes, 77,4% eram do sexo feminino, idade média de 61 anos (+/- 10,62). O hemicampo mais afetado foi o superior (77%). A correlação com as ametropias apresentou: nove pacientes míopes (grau médio -1,96), nestes 5 lesões no setor periférico, 5 nasais e 4 centrais; vinte pacientes hipermétropes (grau médio +2,15), nestes foi observado 11 lesões centrais, 8 periféricas e 6 nasal. A média do ângulo disco-fóvea foi de -8,45 (+/-3,5) graus, sendo a média dos míopes: -9,19 graus e a média dos hipermetropes: -7,92 graus.

Conclusão

O hemicampo superior foi três vezes mais afetado que o inferior, não houve diferença entre localização da lesão inicial entre os setores. Além disso, setor central foi mais afetado nos hipermetropes, mas não houve diferença entre os setores entre os míopes. Ademais, míopes tem maiores ângulos disco-fóvea que hipermetropes.

Área

Oftalmologia