30° Congresso Cearense de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

SINDROME DE MÚLTIPLOS PONTOS BRANCOS COM RECORRÊNCIA EM PACIENTE JOVEM: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Este trabalho tem por objetivo o relato de caso de uma paciente com síndrome de múltiplos pontos brancos atendida no município de Fortaleza/Ce.

Relato do Caso

Paciente, sexo feminino, 25 anos, compareceu a consulta oftalmológica com queixa de escotoma central em olho esquerdo (OE) há 1 semana, que evoluiu com hiperemia deste olho há 1 dia. Negava comorbidades. Acuidade visual com correção de 20/20 em OD e 20/30 em OE. Na biomicroscopia: OD sem alterações; OE com hiperemia conjuntival 2+/4+, quemose, secreção mucóide, córnea transparente, câmara anterior formada, sem reação de câmara anterior, pupila reagente. Fundoscopia de OD sem alterações; OE com presença de irregularidades na membrana limitante interna, com perivasculite em região macular, retina aplicada, papila sem alterações. Foi realizado OCT, angiofluoresceínografia e sorologias para doenças infecciosas. Todos os exames sem alterações. Foi diagnosticada com coroidite multifocal em OE e iniciado tratamento com prednisona 40 mg/dia, com melhora progressiva do quadro. A paciente obteve melhora do escotoma central. AV, com correção, em ambos os olhos de 20/20, após desmame lento do corticoide em 2 meses. Fundoscopia ao final do tratamento evidenciou melhora da coroidite em OE, com resolução do quadro. Após 8 meses, a paciente retornou com queixa de BAV novamente em OE, apresentando na fundoscopia presença de coroidite próximo a fóvea nesse olho. Foi então necessário fazer novamente tratamento com prednisona oral com desmame lento até resolução do quadro.

Conclusão

A síndrome dos múltiplos pontos brancos evanescentes faz parte de um grupo de doenças que compreendem as coroidites multifocais, de etiologia muitas vezes desconhecidas. É uma doença inflamatória do epitélio pigmentar retiniano, mais prevalente no no sexo feminino e o comprometimento unilateral é o mais comum. Manifesta-se como escotomas centrais, paracentrais ou cecocentrais. A terapêutica com uso de corticoides orais apresenta uma boa resposta clínica, podendo-se fazer injeção intravitrea ou fotocoagulação a laser caso tenha presença de neovascularização da coróide.

Área

Oftalmologia

Categoria

Resumos

Autores

MELISSA CAROLINA DANTAS JOVENTINO, Aline Barbosa Pinheiro Bastos, Alana Andrade Neiva Santos