Dados do Trabalho

Título

BUSCA ATIVA DE DEFICIÊNCIA VISUAL EM ALUNOS DA REDE PÚBLICA

Objetivo

Avaliar a acuidade visual em alunos de uma escola pública da cidade de Fortaleza e correlacionar com os principais distúrbios de refração.

Método

A ação foi conduzida por alunos da Liga da Visão da UNIFOR, durante 1 mês de visitas em uma escola do ensino fundamental 1. Foi avaliada a acuidade de 520 crianças através da escala de Snellen com a cadeira do examinado a 3 metros da tabela. As crianças que não atingiam a acuidade visual de 20/40 ou melhor eram consideradas com potencial deficiência e eram submetidas ao teste do buraco estenopeico (pin hole) para avaliar a presença de um distúrbio de refração associado.

Resultado

Foram triadas 520 crianças, e dessas, 86 tinham acuidade visual (AV) inferior a 20/40, as quais serão avaliadas, com mais detalhamento, por um residente em oftalmologia, para detecção de necessidade de correção da refração. Diante disso, sabe-se que o desenvolvimento do aprendizado está intrinsecamente ligado às informações sensoriais que recebemos através da visão e que há uma maior facilidade em perceber alterações de AV no meio escolar, o que, em alguns casos, já era notado por professores do grupo avaliado. As triagens foram realizadas por estudantes de medicina, membros da Liga da Visão da Universidade de Fortaleza, os quais também foram beneficiados, pois tiveram a experiência do contato direto com indivíduos em faixa etária pediátrica, que, além de facilitar o aprendizado de como lidar com esses pacientes, auxiliou no aprendizado prático da aplicação da tabela de Snellen.

Conclusão

Ações que buscam, de maneira ativa, a detecção de crianças com deficiência visual devem ser encorajadas, para que sejam realizadas de forma rotineira, já que é um tipo de paciente que não refere muita sintomatologia. Os alunos perceberam a importância desse tipo de ação e a incorporaram ao calendário habitual da Liga como uma atividade regular de aferição de acuidade visual em escolas públicas.