Dados do Trabalho

Título

ADAPTAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM DE ESTUDANTES DE MEDICINA COM VISÃO MONOCULAR

Objetivo

Identificar as percepções e os significados referentes à visão monocular de estudantes de Medicina na abordagem adaptada do ensino-aprendizagem.

Relato do Caso

Dois alunos do 5º semestre de Medicina, LMPS, masculino, 20 anos, diagnosticado com Phthisis bulbi após trauma perfurante com descolamento de retina aos 7 anos, e CMR, feminino, 20 anos, com visão monocular congênita, ambos com prejuízo do olho esquerdo, relataram que para a execução do campo visual de confrontação foi necessário se posicionar sempre em linha reta com o olho a ser examinado, para que permanecesse a essência de avaliar os campos periféricos do paciente. Em relação a fundoscopia direta, em que a técnica correta seria avaliar sempre com o olho contra-lateral ao do paciente, colocou-se um obstáculo para cobrir a boca e evitar momentos constrangedores. A realização da biomicroscopia anterior foi prejudicada pelo fato de não conseguir adaptar a ausência de estereopsia, no entanto, não houve prejuízo na identificação dos resultados. É possível destacar que para a visualização dos resultados, eles não se alteram quando comparado a um estudante com visão binocular. Ainda, é relevante salientar que a abordagem às adaptações tornou-se única para os dois estudantes visto que se tratava do olho esquerdo acometido em ambos, logo, para estudantes com o lado direito acometido, faz-se necessário testes no sentido contrário. Outro aspecto importante a se destacar é que a visão monocular congênita tem menor efeito sobre a qualidade da visão do que a adquirida devido à maior adaptação de mundo.

Conclusão

A prática médica é válida para os estudantes com visão monocular a partir de adaptações feitas na avaliação do paciente, contudo, mais testes devem ser realizados para avaliar a capacidade de conduzir procedimentos cirúrgicos.

Área

Oftalmologia