30° Congresso Cearense de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

MACROVASO ARTERIAL ADQUIRIDO: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de Macrovaso Arterial Adquirido em que se usou fotocoagulação a LASER fototérmico no tratamento do macroaneurisma associado a hemorragia e edema macular, tratado inicialmente sem êxito com injeções intravítreas de antiangiogênico (Aflibercept).

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 85 anos, hipertensa, atendida com queixa de BAV súbita em OE há 15 dias. Ao exame apresentava AV de 20/25 em OD e 20/300 em OE, PIO 12 / 10 mmHg, e a fundoscopia do OE era compatível com macroaneurisma arterial de um ramo da arcada temporal inferior com extensa área de exsudação intrarretiniana, acometendo a área macular e a região em torno do macroaneurisma e um edema macular importante. Na AGF o macroaneurisma apresentava-se como uma alteração vascular hiperfluorescente associada a áreas de hipofluorescência por bloqueio correspondente às hemorragias. A fase venosa tardia mostrava um aumento na hiperfluorescência decorrente de vazamento. O OCT revelava edema macular. Foi indicado o tratamento com 3 Injeções intravítreas de antiangiogênico (Aflibercept) e fotocoagulação focal na região do macroaneurisma. A paciente evoluiu com discreta melhora da AV (20/100) e o OCT mostrava diminuição do fluido intrarretiniano. Optou-se por fazer a fotocoagulação a laser diretamente sobre a lesão, desejando-se a sua oclusão e evitando-se a ruptura vascular. A mesma retornou com grande melhora da acuidade visual corrigida (20/60) e resolução total do edema macular no OCT.

Conclusão

Macroaneurismas arteriais são dilatações vasculares adquiridas, que se encontram nos quatro principais ramos da artéria central da retina. Após a formação, um período de exsudação ou hemorragia ativas ocorre na parede mal formada do vaso e é seguido por involução espontânea ou complicações exsudativas/hemorrágicas que envolvem a mácula podem causar comprometimento visual significativo. O seu tratamento é um assunto controverso, dado a maioria regredir espontaneamente com bom prognóstico visual e os procedimentos terapêuticos não serem isentos de risco. Neste caso não se relatam complicações associadas ao procedimento realizado.

Área

Oftalmologia

Autores

DAVID DA ROCHA LUCENA FILHO, CAROLA BRAZ DE LAVOR, ANA BEATRIZ MENEZES TEIXEIRA