30° Congresso Cearense de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: SÍNDROME DE STARGARDT

Objetivo

Relatar um caso de uma paciente com doença de Stargardt atendida em Fortaleza/Ce.

Relato do Caso

Paciente, sexo feminino, 12 anos, procedente de Fortaleza, procurou assistência oftalmológica pela primeira vez para consulta aos 11 anos. Apresentava dificuldade visual progressiva desde a infância. Sem comorbidades.
Ao exame, apresentava em ambos os olhos (AO) acuidade visual com correção de 20/100, biomicroscopia sem alterações e a pressão intraocular de 10mmHg. Fundo de olho evidenciava nervo óptico corado, retina aplicada com fundus flavimaculatus e discreta atrofia macular.
Foram solicitados exames complementares. A angiografia acusava em AO presença de silêncio de coróide, flecks em polo posterior e atrofia setorial do EPR gerando defeito em janela. Campo visual constatava sensibilidade difusa e foveal diminuídas com escotoma arqueado superior em formação.
Dessa forma, paciente foi diagnosticada com Síndrome de Stargardt, foi realizado orientação familiar sobre a doença e encaminhamento para avaliação de setor de visão subnormal, sendo iniciado a adaptação de auxilio óptico para melhorar leitura a distância.

Conclusão

A Doença de Stargardt compõe o grupo das distrofias maculares juvenis, se caracterizada por atrofia macular e a presença de flecks branco-amarelados no nível do epitélio pigmentado da retina. A angiografia fluoresceínica é um importante dado para diagnóstico, pois o ˜silêncio coroideo˜ é manifestação clássica do quadro representando o bloqueio devido lipofuscina acumulada no EPR. Não há ainda tratamento de caráter curativo disponível, entretanto, pesquisas vem avançado a fim de uma melhor abordagem, como terapia com células tronco, entre outras. Enquanto isso, o tratamento da visão subnormal é de fundamental importância para melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

Área

Oftalmologia

Autores

CYNTHIA MARIA SISO PINHEIRO, LARISSA LOGRADO AGUIAR, FERNANDA ARAUJO SOUZA