Dados do Trabalho
Título
Avaliação de óbitos por hepatotoxicidade em idosos no Brasil: análise de um período de 5 anos
Objetivo
Avaliar a prevalência de óbitos por hepatotoxicidade em indivíduos maiores que 65 anos, residentes no Brasil, avaliando as variáveis: idade, sexo e região de notificação, entre os anos de 2016 e 2020.
Métodos
Estudo de cunho transversal, analítico e com abordagem quantitativa, no qual foram analisados registros de óbitos por doença hepática tóxica registrados no site datasus.gov, entre os anos de 2016 a 2020. Efetuou-se também um levantamento bibliográfico nas bases de dados: National Library of Medicine and National Institutes of Health (Pubmed) e Scientific Electronic Library Online (Scielo).
Resultados
Durante o período analisado foram notificados 436 óbitos decorrentes de doença hepática tóxica em pacientes senis residentes no Brasil, correspondendo a 45% dos casos totais. As notificações foram mais prevalente em indivíduos do sexo feminino (51%) e na faixa-etária maior que 80 anos, com 33% dos casos. Ademais, mostrou-se que a maior parte dos idosos acometidos por essa patologia apresentavam baixo grau de escolaridade, variando de 1-7 anos de estudo. Em relação a região do país com maior taxa de notificações, a região sudeste mostrou-se a mais prevalente, com 42% dos casos, seguida da região nordeste, com 30%.
Conclusões
Os resultados sugerem um aumento da prevalência de hepatotoxicidade em indivíduos idosos se comparado a pessoas com menos de 65 anos, com forte associação a maior suscetibilidade dos idosos ao uso de medicamentos, bem como a ingesta excessiva destes, sugerindo uma ampla necessidade de melhor análise das condutas terapêuticas e do uso da polifarmácia na terceira idade.
Palavras Chave
Hepatotoxicidade; idosos; polifarmácia
Área
Geriatria
Instituições
Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil
Autores
Marina Coelho Feitosa, Yury Pifano Varela