Dados do Trabalho

Título

Fatores de risco e prognóstico de doenças mieloproliferativas na população idosa: Uma revisão de literatura.

Objetivos

Compreender as características de doenças mieloproliferativas em idosos.

Métodos

Foi realizada uma revisão de literatura baseada em 5 artigos publicados entre 2010 e 2019, nas línguas portuguesa e inglesa obtidos das bases de dados SciELO e Pubmed. Os descritores utilizados na pesquisa estão de acordo com o Sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e são respectivamente “Doenças Mieloproliferativas” e “Idoso”.

Resultados

Segundo a literatura pesquisada, a idade avançada está correlacionada com maior incidência de doenças mieloproliferativas. É demonstrado maior porcentagem de leucemia mieloide aguda e crônica em idosos, sendo 50% dos casos dessa última diagnosticados em pessoas maiores de 66 anos. Além disso, a policitemia vera tem incidência prevalente em indivíduos entre 60 e 70 anos e sua causa mais comum de morte é trombose, patologia com pior prognóstico a partir da sexta década de vida. Ademais, dentre os principais fatores clínicos observados como riscos dessas doenças foi a idade maior que 65 anos.

Discussão

Diante o exposto, o envelhecimento propicia desenvolvimento de doenças mieloproliferativas pela reduzida capacidade de responder adequadamente à substituição de células sanguíneas. Fato decorrente do estresse oxidativo, alterações teloméricas e má regulação de citocinas no decorrer da idade, resultando em proliferação exacerbada e surgimento de células hematopoiéticas anormais. Assim, corroborando a intrínseca relação entre pior prognóstico e avanço da idade.

Conclusões

Portanto, a partir da literatura estudada, observa-se que o envelhecimento se constitui como importante fator de risco para neoplasias hematológicas, além de a funcionalidade e o suporte social do idoso serem também condições definidoras do prognóstico.

Palavras Chave

Doenças mieloproliferativas; Idosos.

Área

Geriatria