Dados do Trabalho
Título
MASTITE CRONICA NAO RESPONSIVA A TERAPEUTICA: UM RELATO DE CASO
Resumo estruturado
INTRODUÇÃO: O termo mastite define inflamação da mama da mulher, que pode se manifestar durante a amamentação ou fora da lactação (mastite não puerperal). A incidência varia de 33% para mastite puerperal a menos de 10% para mastite não puerperal. Estes processos podem ser classificados em agudos e crônicos. O manejo imediato e adequado da mastite geralmente leva a uma resolução oportuna e previne complicações, como o abscesso mamário. OBJETIVOS: O intuito deste trabalho é conhecer um pouco mais sobre a mastite crônica, métodos de diagnóstico etiológicos e possíveis condutas a serem empregadas. RELATO: MJS, sexo feminino, 31 anos, G1P1nA0, não tabagista. Paciente acompanhada há vários anos pela presença de nódulo mamário. Há 10 meses realizou uma Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) do nódulo. Após o procedimento a paciente iniciou um quadro inflamatório na mama esquerda com a presença de calor, rubor, dor, prurido e saída de secreção purulenta da região mamária. Fez tratamento para Staphylococcus porém sem resposta e realizou drenagem do abscesso mamário. Posteriormente foi encaminhada para um centro de referência em infectologia por suspeita de tuberculose mamária. Realizou tratamento com isoniazida e rifampicina por 6 meses regularmente. Nesse período apresentou melhora dos sintomas álgicos, contudo apresentava ainda focos secretivos ao redor da aréola, com prurido, hiperemia discreta e lesão com aspecto descamativo. Paciente foi internada para melhor investigação diagnóstica. Realizou-se uma biopsia excisional em cunha a qual a conclusão consistiu em uma mastite crônica granulomatosa, sugerindo correlação clínica. Atualmente a paciente encontra-se com a mama eritematosa com saída de secreção, prurido e dor. DISCUSSÃO: A relevância desse caso encontra-se no fato de já terem sido tentadas várias estratégias terapêuticas, porém sem remissão total da lesão. Nesse contexto, inúmeras possibilidades de diagnósticos diferenciais devem ser consideradas. Dentre elas cita-se carcinoma inflamatório (descartado após o resultado da biopsia), sarcoidose, granulomatose com poliangiite (Weneger), inflamação granulomatosa com ectasia ductal, infeção fúngica e TB mamaria, Mastite periareolar recidivante. CONCLUSÃO: O intrigante desse caso é que ele exemplifica uma forma invulgar de apresentação de uma situação relativamente comum. Apesar de já terem sido feitos inúmeros testes, ainda não foi possível chegar ao diagnóstico etiológico desse caso. Desse modo, concluímos que é necessário uma melhor correlação clínica e a realização de outros testes diagnósticos para a elucidação do caso, possibilitando assim a terapêutica ideal para a resolução definitiva do quadro.
Palavras-chave (máximo 3)
mastite não responsiva
Área
Infecções relacionadas à assistência da saúde / Resistência microbiana
Autores
RENATA BEZERRA AMORIM, MIGUEL MARCELO FREIRE MELO, GRACIELE GOMES SOUSA, RAYANY RODRIGUES, BRUNNO ALEXANDER OLIVEIRA, ARTUR COSTA CRUZ, PIERRE RAMOS COSTA NETO, JOSE FRANCISCO IGOR SIQUEIRA FERREIRA