IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Força, estabilidade e função do ombro após treinamento funcional em atletas de handebol

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: A incidência de lesões musculoesqueléticas no complexo do ombro são comuns em esportes de arremesso. O treinamento funcional tem sido proposto para prevenir lesões e melhorar o desempenho neuromuscular e capacidade funcional em jogadores de futebol, ginastas e corredores. No entanto, esses benefícios ainda não foram investigados em jogadores de handebol. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar a força, estabilidade e a função da articulação do ombro em atletas de handebol antes e após um protocolo de treinamento funcional. Métodos: Foram avaliados 12 atletas de handebol de nível universitário, sendo 5 homens e 7 mulheres, entre 18 e 24 anos, 75,42 ±14,65 kg e 1,69±0,09 m. A avaliação funcional do complexo do ombro foi realizada por meio da amplitude de movimento (ADM) de flexão no plano frontal, adução horizontal e rotação interna e externa, e do Índice de Incapacidade e Dor no Ombro (SPADI). A avaliação da força foi realizada pelo teste Seated Medicine Ball Throw (SMBT), enquanto a estabilidade por meio do UpperQuarter Y-Balance Test (YBT-UQ). O treinamento funcional foi realizado 2 vezes na semana, por 1 hora cada, sendo 1 dia na semana exercícios de alongamento, agilidade e estabilidade, e outro dia exercícios de alongamento e musculação para ambos os membros, por um período de 30 dias.A comparação antes e após o treinamento foi realizada pelo teste t Student pareado, considerando um nível de significância p<0,05. Resultados: Os atletas apresentaram diferenças significativas na ADM de rotação interna (antes: 56,00 ± 6,90; depois: 72,33 ± 8,07, p=0,00) e externa (antes: 105,16 ± 12,78; depois: 98,20 ± 11,13, p=0,044), e de adução horizontal de ombro (antes: 40,08 ± 7,45; depois: 46,29 ± 7,25, p=0,023). No entanto, não houve diferença na ADM em flexão de ombro (antes: 177,75 ± 5,84; depois: 180,75 ± 7,29, p=0,249). Também foi observada diferença significativa no teste YBT-UQ nas direções medial (antes: 109,62 ± 13,80; depois: 116,94 ± 11,08, p=0,047) e inferolateral (antes: 74,75 ± 12,19; depois: 85,43 ± 15,36, p=0,003), mas não na súperolateral (antes: 52,91 ± 12,55; depois: 58,73 ± 11,83, p=0,089). Não houveram diferenças significativas no teste SMBT (antes: 4,61 ± 1,26; depois 4,65 ± 1,33 p=0,894), e SPADI (antes: 14,49 ± 22,69; depois:11,98±17,12, p=0,398)antes e após o treinamento. Conclusão: O treinamento funcional aumentou a ADM de rotação interna e adução horizontal, e reduziu a rotação externa. Também aumentou a estabilidade do complexo do ombro nas direções medial e inferolateral. Esses benefícios não foram observados para ADM de flexão no plano frontal, estabilidade na direção súperolateral, força muscular de arremesso sentado e índice de incapacidade e dor no ombro entre esses atletas. Assim, o treinamento funcional foi eficaz para ADM e estabilidade, mas não para força, e dor e incapacidade do ombro em atletas de handebol.No entanto, mais estudos são necessários para comprovar esses resultados.

Palavras-chave (máximo 3)

Desempenho muscular, Atleta, Ombro

Área

Prevenção

Autores

PRISCILA HONORATO ANDRADE, Mariane Carrijo Peixoto, Livia Silveira Pogetti