IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Avaliação do comportamento da creatina quinase após a luta de jiu-jitsu paradesportivo

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Evidências apontam que o dano muscular causado pelo exercício pode acarretar prejuízos funcionais, bioquímicos e clínicos. Tais desfechos englobam potencial intrínseco para o entendimento da real magnitude de interpretação dos sinais clássicos em ambiente esportivo e monitoramento dos atletas, contribuindo para nortear ações específicas. Objetivos: Investigar o comportamento do marcador de dano muscular, creatina quinase (CK), nos momentos subsequentes a uma luta simulada de jiu-jitsu paradesportivo. Métodos: Seis praticantes do parajiu-jitsu (34 a 44 anos), do sexo masculino, foram incluídos neste estudo. Os participantes foram alocados em dois grupos G1 (constituído por paratletas de alto rendimento) e G2 (constituído por paratletas em nível amador). O estudo foi aceito pelo comitê de ética (n° parecer: 2.997.241). Os participantes compareceram ao local de coletas 4 vezes, com intervalo de 24 horas entre as sessões caracterizando os seguintes momentos: pré esforço, pós esforço, 24, 48 e 72 horas após a luta simulada. Foram coletadas amostras sanguíneas para análise de CK. Os dados foram analisados por meio de Análise de Variância de Medidas Repetidas (ANOVA), com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Os desfechos demonstram que a atividade da CK no grupo composto por paratletas de alto rendimento foi superior (G1 = 297,5±33,2; G2 = 593,8±550,7). Também, para os efeitos tardios, ambos os grupos demonstraram pico da CK em 24 horas. Entretanto, verificou-se que, após 72 horas, todos os valores retornaram aos níveis basais. Conclusão: O principal resultado se refere à maiores níveis de CK no grupo composto por atletas de alto rendimento. A este respeito, acredita-se que a sobrecarga de treinamento, caracterizada por maior volume e intensidade nesses participantes, justifiquem os níveis metabólicos mais elevados. Além disso, trata-se de uma atividade que utiliza predominantemente a via metabólica glicolítica anaeróbica, o que justifica a recuperação tardia de volta aos níveis basais verificada em 72 horas. Neste sentido, os desfechos apresentados, fornecem parâmetros e sugerem cenário seguro a partir da intensidade e volume comumente adotados nesta modalidade paradesportiva onde, o nível de esforço preconizado durante o combate, não parece ocasionar danos tardios.

Palavras-chave (máximo 3)

Muscle damage, Creatine Kinase, Martial Arts, Disabled athletes, Sports Medicine, Physical Therapy Specialty, Inflammation, Musculoskeletal Physiological Phenomena

Área

Prevenção

Autores

Kamylla Albuquerque Guimarães, Mayana Souza Santana, Amanda Farias Aires, Gabriel Guerreiro Nunes, Claudia Marlise Balbinotti Andrade, Jaqueline Santos Silva