IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Índice de valgismo dinâmico em atletas de voleibol feminino

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O voleibol é um esporte caracterizado por grande sobrecarga e impactos em função do volume e intensidade de saltos realizados. Quando associado aos desequilíbrios musculares da unidade funcional inferior, especialmente do compartimento póstero lateral, pode ocorrer o desalinhamento dos joelhos (valgismo dinâmico), aumentando os fatores de risco para lesões. Objetivo: Analisar o índice de valgo dinâmico das atletas de voleibol, bem como avaliar a força da musculatura do quadril e comparar estas variáveis de acordo com o grau de classificação funcional de valgismo dinâmico. Metodologia: Pesquisa quantitativa transversal desenvolvida com 18 atletas, entre 16 e 23 anos, de uma equipe infanto juvenil e adulta de voleibol feminino do oeste catarinense. A coleta ocorreu entre os meses de Julho e Agosto de 2018. Avaliou-se o índice de valgismo dinâmico (IVD) pelos movimentos de descida de degrau (Step Down) e agachamento após aterrissagem do salto por meio de captação por imagem através de câmera digital Nikon 16.1 megapixels e análise posterior no software Kinovea®, assim como a força da musculatura do quadril utilizando dinamômetro manual isométrico Lafayette®. Os dados foram analisados inicialmente por estatística descritiva e a comparação das variáveis pela classificação do IVD foi realizada por meio do teste t de Student independente. Adotou-se significância estatística de p<0,05. Resultados: No movimento de Step Down, 17 atletas (94,45%) apresentaram valgismo dinâmico em ambos os membros. No movimento de salto bipodal nenhuma das participantes apresentou IVD no membro inferior direito (MID) e, cinco (27,8%) apresentaram IVD no membro inferior esquerdo (MIE). Este resultado demonstra maior presença de valgo dinâmico em atividades unipodais. Quanto a classificação do IVD, nove atletas (50%) apresentaram IVD moderado no Step-Down do MID e 11 (61,1%) no MIE. Não houve diferença estatisticamente significativa entre a força muscular do quadril entre as atletas com IVD normal a leve e moderado a grave apesar de, no MID, as atletas com IVD moderado a grave (n=9) apresentarem menor força de abdutores (26,46 ± 5,01/27,57 ± 5,13; p=0,650); rotadores externos (13,77 ± 3,71/13,79 ± 3,13; p=0,990) e extensores de quadril (19,70 ± 7,16/22,18 ± 6,02; p=0,438) e maior força de rotadores internos de quadril (22,23 ± 6,15/21,57 ± 4,60; p=0,897) comparadas as atletas com IVD normal a leve (n=9). Conclusão: O estudo identificou alto IVD no movimento de step down e baixo IVD para o movimento de aterrissagem de salto unipodal. Apesar de não haver diferença estatisticamente significativa entre a força muscular de quadril e o índice de valgismo dinâmico de joelho no movimento unipodal de step down, as atletas com maior IVD apresentaram menor força de póstero-laterais e aumento de força de rotadores internos de quadril direito. Sugere-se maiores estudos sobre esta temática para contribuir com ações voltadas para esta modalidade.

Palavras-chave (máximo 3)

Cinemática; Articulação; Força muscular

Área

Biomecânica

Autores

Valéria Basi Girotto, Rangel Dall'Agnese, Marcia Regina da Silva