IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Incidência de lesões em atletas de MMA

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Com fortes influências do jiu-jitsu brasileiro e do seu precursor, o vale tudo, o MMA é uma modalidade que reúne muitos atletas de elite e atrai grande número de expectadores. Combina elementos de várias técnicas de combate, e se caracteriza por contato físico direto e intenso, levando os atletas a grandes riscos de lesões físicas por quedas, entorses, fraturas, entre outras. É essencial que fisioterapeutas, educadores físicos e demais profissionais envolvidos com esse esporte tenham conhecimento dos fatores causais agravantes, para acessarem ações preventivas.Objetivo: Descrever o perfil dos atletas de MMA e suas lesões, comparando estatisticamente atletas de duas competições distintas. Métodos: Estudo do tipo transversal, com 44 atletas de duas competições de MMA: Capital Fight V (CF V) e UFC® Brasília (UFC/BsB), divididos em dois grupos, com 22 lutadores, por meio de análise de dados das lesões e anamnese através de um questionário avaliativo. Questionou-se se o atleta recebera orientações e quem o orientava; uso de protetores e/ou imobilizadores durante os treinos; se dores ou lesões presentes decorrentes da prática de MMA; se acompanhados por médico ou fisioterapeuta; e por fim, se haviam lesões pregressas. Foram incluídos no estudo, indivíduos de ambos os gêneros, profissionais, com diferentes números de graduações. Como critério de exclusão, apenas os atletas que se recusassem responder o questionário proposto.Resultados: Foram analisados 44 atletas, divididos igualmente em dois grupos, onde 70,5% são destros, 72,7% não praticam outros esportes e 68,2% competem a nível internacional. Atletas do UFC BsB apresentaram média de idade e tempo de prática superior 4 anos em relação ao CF V. Média de graduações para ambos foi de 1,91 anos. 86,4% dos atletas do CF V já receberam orientações sobre prevenção de lesões, percentual ainda maior para o segundo grupo (90,9%). A maioria dos atletas utilizam imobilizações, tornozeleiras, joelheiras, munhequeiras, protetores genital, bucal e de orelha. 25,0% dos atletas apresentavam dor ou lesão no momento da coleta. 50% afirma já ter sofrido lesões pregressas decorrentes da prática de MMA. Dentre aqueles que sentiam dor, 71,4% procuraram acompanhamento especializado e somente 57,1% conheciam o diagnóstico.Conclusão: Os atletas demonstraram semelhanças, em sua maioria não praticantes de outros esportes, destros, competidores a nível internacional e número de graduações. Observou-se que o tempo de MMA foi maior entre os atletas do UFC Brasília, fato esse que associamos à média de idade superior do grupo comparativo. A maioria já recebeu orientações sobre prevenção de lesões e usa protetores em seus treinos. Não foi verificado diferença estatística entre idade e tempo de prática em relação a dor ou lesão atual e decorrente. Outros estudos se fazem necessários para melhor comprovar as possíveis hipóteses levantadas por meio deste estudo.

Palavras-chave (máximo 3)

Fisioterapia Esportiva; Lesão em Atletas; Atletas de Combates;

Área

Epidemiologia

Autores

Kiara Maria Souza Vieira, Márcio Oliveira, Josimeire Rose Crecci Nunes, JONHNY HERNANY, BRUNO RODRIGUES VICENTE, Pedro Nunes Silva