IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Lesões musculoesqueléticas e fatores associados em atletas amadoras de futsal feminino

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O futsal apresenta duas faces, por um lado à oportunidade de crescimento, valorização e realização pessoal, por outro lado, a ameaça do surgimento de lesões que podem ocasionar o afastamento dos treinos e das atividades. O elevado índice de lesões ocorre devido aos altos picos de aceleração e desaceleração, contatos físicos, dribles, giros, além de diferentes tipos de deslocamentos dentro de quadra e podem também estar relacionados a fatores extrínsecos como a qualidade da quadra, tipo de calçado, condições físicas e de saúde, sexo, quantidade de jogos e treinos. Objetivo: Identificar as lesões musculoesqueléticas e seus fatores associados em atletas de futsal feminino amador. Métodos: Estudo transversal, em que participaram 50 atletas de 3 equipes de futsal feminino, das cidade de Goiânia e Anápolis. As atletas foram submetidas ao Inquérito de Morbidade Referida a fim de se obter dados relacionados ao tipo de lesão, local anatômico, posição em quadra, mecanismo de lesão e em que momento ocorreu a lesão. Os critérios de inclusão foram: mulheres com idade igual ou superior a 18 anos e jogadoras amadoras de futsal das equipes coparticipantes. Os critérios de exclusão abrangeram: desinteresse em participar do estudo e preenchimento incompleto do instrumento de coleta. Resultados: Verificou-se elevada prevalência de lesões, uma vez que 82% das atletas referiram lesão em decorrência do futsal, haja vista que 41 atletas apresentaram lesão. As lesões mais recorrentes foram a entorse (24,7%), lesões ligamentares (13,5%), estiramento muscular (10,1%), fratura (10,1%) e luxações (10,1%). As localizações anatômicas mais afetadas foram o tornozelo (30,3%), joelho (22,5%), coxa (13,5%) e pé (6,7%). Acerca do mecanismo de lesão, verificou-se que 18% dos casos ocorreram por trauma direto, 16,9% em arrancada e 13,5% no momento da corrida. A maior prevalência de lesões ocorreu no momento do treino (70,8%) e na posição em quadra foi a de ala (34,8%), fixo (27%) e pivô (22,5%). Não houve diferença significativa entre as atletas que apresentaram e não apresentaram lesões nas variáveis independentes, tais como, idade, peso, altura, IMC, assistência fisioterapêutica, assistência médica e rotina de treino. Conclusão: Encontrou-se elevada prevalência de lesões nas atletas, sendo que as mais referidas foram entorses e lesões ligamentares. As regiões anatômicas mais afetadas foram tornozelo, joelho, coxa e pé, além disso, as lesões ocorreram mais nas posições de ala, fixo e pivô, especialmente, durante os treinamentos e por contato direto, isso se justifica pelo fato de que os alas são mais ofensivos e velozes, os fixos são atletas que ficam mais na parte defensiva, participando bastante de contatos físicos e os pivôs são os responsáveis pelas jogadas até os alas, ou seja, os que atletas fazem muitos giros.

Palavras-chave (máximo 3)

Traumatismos em Atletas; Fisioterapia; Futebol

Área

Epidemiologia

Autores

Jackeline George Zago, Byanca Nascimento Andrade, Adroaldo José Casa Junior